24 de março, de 2024 | 08:30
Donos de peixarias na região falam da expectativa de vendas na Semana Santa
Por Isabelly Quintão - Repórter Diário do Aço
Optar por não comer carne vermelha é tradição para os católicos na Semana Santa e, principalmente, na Sexta-feira Santa. Apesar de não ser uma regra, aumenta-se o consumo de pescados, visto que o peixe é um alimento que muitos cristãos priorizam ao jejuar.
Em consequência, as peixarias se preparam visando as vendas deste período. Até porque, na época de Quaresma, Semana Santa e Páscoa, a procura pelos pescados tende a ser muito maior em comparação aos outros períodos do ano.
A grande demanda faz com que os preços de alguns produtos aumentem. Ainda assim, é comum que muitas famílias não deixem de comprar, pensando nas refeições durante estas celebrações.
Preparativos
Para Max Lana, proprietário de uma peixaria localizada no bairro Horto, em Ipatinga, ter um estabelecimento especializado em alimentos típicos deste período, como peixes, vinhos, azeites e chocolates é importante para suprir as necessidades familiares.
Esses alimentos são vendidos durante todo o ano, mas sempre é preciso reforçar os estoques, o que já fizemos com antecedência para garantir o atendimento de todos os clientes”, afirmou.
O proprietário também destacou que o bacalhau é o produto mais procurado, o que faz dele o campeão de vendas. A sazonalidade no consumo dos produtos típicos já foi muito maior. Mas ainda se observa um aumento de consumo, em especial, para o bacalhau. Tanto que, as maiores altas de preços foram observadas para os azeites e para o bacalhau do Porto Gadus Morhua. Não por especulação, mas pela escassez destes produtos. Este aumento não ocorreu só no Brasil. No caso do azeite, por exemplo, a escassez é mundial devido à queda de produção na Espanha e em outras regiões produtoras, assoladas por secas prolongadas. Para os demais produtos, o aumento foi entre 10% e 15% em relação ao ano passado”, alegou.
Expectativas
Já para Ercimone Firmino de Souza, proprietária de uma peixaria localizada no Cidade Nobre, em Ipatinga, é esperado que as vendas sejam ainda maiores em comparação aos anos anteriores, com uma elevação de 40%. A procura nesta semana é muito alta, visto que as pessoas seguem a tradição de não consumir carne, principalmente na Semana Santa”, ressaltou.
Para ela, os peixes com maior praticidade no preparo, que seriam os filés, estão sendo os mais procurados pelos moradores da região, mas o bacalhau também não fica de fora.
Temos uma procura muito boa pelo filé de tilápia, filé de dourado, e este ano temos o filé de charro que é uma novidade tanto no sabor quanto no preço (12,90 kg). Peixes como surubim, rosada, dourado, traíra desossada, peroá, cascudo também saem bastante. Mas sempre tem um espaço para o mais tradicional que é o bacalhau”, pontuou.
Já para o proprietário de uma peixaria situada no Caravelas, Geose Max Brito, a demanda pela compra dos produtos costuma crescer 20% durante a Semana Santa. Mas, mesmo assim, não é preciso estocar, visto que os fornecedores sempre suprem a demanda. Hoje em dia está diminuindo a tradição de comer peixe na Quaresma, no entanto, a traíra e a tilápia saem bem”, concluiu.
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