05 de abril, de 2024 | 16:35

Anvisa proíbe novamente a comercialização de álcool líquido 70%

Produto havia sido proibido no Brasil em 2002, mas voltou a ser vendido temporariamente no período da pandemia de covid-19

Isabelly Quintão
O uso do álcool líquido 70% oferece riscos à saúde, segundo entendimento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária O uso do álcool líquido 70% oferece riscos à saúde, segundo entendimento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Por Isabelly Quintão- Repórter Diário do Aço
A venda de álcool líquido 70% foi proibida novamente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O produto será retirado de circulação e os estabelecimentos têm até 30 de abril para executar esta ação. Nesta sexta-feira, entretanto, o produto já não era mais encontrado em duas redes de supermercados pesquisadas pelo Diário do Aço.
Isto ocorreu em razão dos riscos associados ao seu uso inadequado, em especial, em relação à segurança e à saúde pública.

Em 2002, este álcool já havia sido proibido no Brasil, após uma resolução da Anvisa apontar que a utilização oferece perigo à população. Contudo, durante a pandemia de covid-19, a comercialização voltou a ocorrer temporariamente como uma estratégia de combate ao coronavírus.

A presidente da Associação dos Farmacêuticos do Vale do Aço, Gizele Leal, explicou à reportagem do Diário do Aço que este tipo de produto é altamente inflamável e pode representar um perigo de incêndio e queimaduras.
“O risco é ainda maior em ambientes com grande circulação de pessoas, como escolas e hospitais, e até em nossa casa. Além disso, seu consumo indevido pode levar a intoxicações graves e até mesmo à morte. Portanto, a proibição da venda desse produto tem como objetivo prevenir acidentes e proteger a saúde e a segurança da população”, afirmou.

Riscos
Entre os perigos associados ao álcool líquido 70% está a inflamabilidade do produto, que é capaz de provocar incêndios se exposto a fontes de calor, chamas ou faíscas. O risco de queimaduras também é comum a partir do contato com a pele ou os olhos, sendo ainda mais arriscado se não for manuseado adequadamente.
Há, ainda, casos de ingestão acidental e, quando isso ocorre, pode causar intoxicação grave, com sintomas como náuseas, vômitos, sonolência, confusão mental e, em casos mais graves, coma e morte.
Já a inalação dos vapores do álcool líquido tende a deixar as vias respiratórias irritadas, além de gerar sintomas como dor de cabeça, tontura e intoxicação.
Quanto aos riscos ambientais, o descarte inadequado pode contaminar o meio ambiente e representar riscos para a fauna e a flora.

Aumento de preços
Gizele Leal também esclareceu que a proibição se aplica somente ao álcool líquido 70%, utilizado para a limpeza, e não ao álcool em gel. “O álcool em gel continua autorizado pela Anvisa, é considerado mais seguro e continua sendo amplamente utilizado”, alegou.
Ela ainda pontuou que há um risco de aumento do preço dos produtos devido a essa proibição. “Com a proibição desse produto, os estabelecimentos podem precisar investir em alternativas mais caras, como o álcool em gel, o que pode impactar os preços para os consumidores”.

Fiscalização
A presidente da Associação dos Farmacêuticos do Vale do Aço também alegou que é possível que haja fiscalização para garantir o cumprimento da proibição da venda do álcool líquido 70%. “Os órgãos responsáveis pela vigilância sanitária e pelo controle de produtos químicos podem realizar inspeções para verificar se os estabelecimentos estão seguindo a legislação”, concluiu.
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Comentários

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Professor Pasquale

05 de abril, 2024 | 23:55

“HOJE SEXTA-FEIRA A NOITE, Fui num supermercado renomado não encontrei mais álcool 70, tinha 46 a R$ 6,99, FUI num supermercado atacadista, ainda tinha 70 a R$ 6,99, outra marca 70 a 7,99, comprei 10 litros, fiz estoque, SEM COMENTARIOS ESTA PROIBIÇÃO.”

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