09 de abril, de 2024 | 12:00

De deusas, estações do ano e otras cositas...

Nena de Castro *


Bom dia, meus amados cinco leitores! Luminosa manhã de abril, raios múltiplos brilhando sobre o verde das plantas que resistiram ao verão escandalosamente quente e se preparam para o nosso “frio tropica”l! Ao pensar na mudança das estações eu me lembrei de Ceres. Para os romanos, Ceres é reconhecida como a deusa responsável pela agricultura, a colheita de grãos, a fertilidade e a representação do amor maternal.

Os antigos romanos tinham grande reverência por ela, considerando-a a provedora essencial de alimentos e sustento. Além disso, Ceres também era associada ao amor e à proteção maternos, sendo frequentemente retratada com uma atitude carinhosa que destacava seu papel como cuidadora e provedora. A influência da deusa não se limitava apenas à mitologia, estendendo-se também para a cultura romana.

Desde os tempos antigos, o nome Ceres foi utilizado para se referir ao pão ou à comida em geral, frequentemente como sinônimo ou metonímia. Isso eventualmente contribuiu para a formação da palavra em inglês moderno “cereal” (bem como termos similares em outras línguas europeias e românicas). Interessante... A forte conexão de Ceres com Tellus (Terra) eram demonstradas pelas colheitas abundantes e a fertilidade.

Posé, eu estava pensando nas estações do ano, suas mudanças e significados e achei: a antiga mitologia romana explica a origem das estações do ano, que vão desde a bela e fértil primavera e verão até o rigoroso e desolado outono e inverno, isso lá nos Oropas, porque aqui... De acordo com a narrativa, a filha de Ceres, Prosérpina, estava um dia colhendo flores em um campo quando sua beleza chamou a atenção de Plutão, o deus do submundo.

Ele então a sequestrou em sua carruagem puxada por cavalos ligeiros e a levou para viver com ele no seu reino.. Ceres, preocupada com o desaparecimento de Prosérpina, buscou incansavelmente pela filha em toda a Terra, mas não conseguiu encontrá-la. Desolada e furiosa, a deusa interrompeu o crescimento de todas as colheitas e plantas, privando assim os mortais de alimentos. Isso causou grande preocupação a Zeus, o rei dos deuses, pois sem os humanos não haveria adoração divina.

Zeus enviou seu filho, Mercúrio, o mensageiro dos deuses, para negociar com Plutão e garantir a libertação de Prosérpina, permitindo que Ceres retomasse o cultivo de alimentos. Plutão, espertinho que só ele, ciente da regra que impedia que alguém que tivesse comido no submundo retornasse à Terra, ofereceu a Prosérpina seis sementes de romã para comer. Mercúrio, também conhecedor dessa regra, concordou com o acordo proposto por Plutão: Prosérpina passaria seis meses na Terra, com sua mãe Ceres, e seis meses no submundo com seu marido Plutão. (Foi mais fácil do que na Palestina, valha-nos Deus!)

Assim, quando Prosérpina retorna à Terra para se reunir com Ceres, a deusa mãe se prepara para sua chegada, fazendo com que as flores e as colheitas floresçam. No entanto, quando Prosérpina deve voltar ao submundo, Ceres fica triste e as flores e colheitas murcham e morrem, no outono-inverno.

Bão, a Bugra sugeriria que todos se mudassem para o Brasil vez que aqui o que impera mesmo é o calor. E talvez Ceres, sendo também a deusa da Lei e da Ordem (coitada) desse um jeito no país onde tudo vai de bem a melhor, pra não dizer o contrário! E nada mais digo a não ser VIVA ZIRALDO! - o caratinguense que nos trouxe tantas alegrias!

* Escritora e encantadora de histórias

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