20 de abril, de 2024 | 07:00

Cefet-MG Timóteo suspende calendário devido à greve

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Suspensão do calendário garante reposição de aulas para os alunos após a greveSuspensão do calendário garante reposição de aulas para os alunos após a greve

As aulas no Centro Federal de Educação Tecnológica de Timóteo (Cefet-Timóteo) estão suspensas por tempo indeterminado. A decisão é do Conselho Diretor da Cefet-MG, que aprovou o cancelamento das atividades de ensino dos cursos técnicos de nível médio e dos cursos de graduação em todos os campi da instituição, com efeitos retroativos a 15 de abril, até que haja condições para a retomada.

O movimento de paralisação dos docentes do Cefet começou dia 15 de abril, quando, em assembleia multicampi, os docentes aprovaram a adesão à greve da Educação, por tempo indeterminado, aprovada pelo Setor das Instituições Federais de Ensino Superior do (Andes-SN), entidade sindical nacional da categoria. Já os técnicos-administrativos estão em greve desde 11 de março.

Com a paralisação dos professores, o Conselho Diretor do instituto avaliou junto aos diretores dos campi, na quinta-feira (18), o impacto em cada unidade e definiu pela suspensão das aulas.

Um dos motivos para a suspensão, segundo a diretoria estadual, é minimizar o prejuízo para os estudantes; juntamente com a solicitação formal do Conselho Central de Grêmio e do Diretório Central dos Estudantes (DCE).

A diretoria também garante acompanhar os desdobramentos tanto da manifestação dos servidores docentes, que estão paralisados desde 15 de abril, quanto dos servidores técnico-administrativos, em greve desde 11 de março. E que ambos os movimentos grevistas estão inseridos em um contexto nacional.

Reivindicações
O secretário para assuntos profissionais e jurídicos do Sindicato dos Docentes do Cefet-MG (Sindcefet-MG) e professor do Campus Timóteo, Adilson Mendes Ricardo, explica que entre as principais reivindicações está a recomposição do orçamento das Instituições Federais de Ensino (IFE) de forma que elas possam cumprir sua função social. Além da recomposição da perda salarial de 39,92%, acumulada entre julho de 2010 e dezembro de 2023, assim como equiparação de benefícios aos praticados no Legislativo e Judiciário. E valorização e reestruturação das carreiras do magistério federal.

O movimento afirma que este é o maior movimento grevista desde 2016, envolvendo Universidades Federais, Cefets e Institutos Federais, abrangendo tanto a categoria de professores e técnicos-administrativos.

Cenário Nacional
Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), 21 universidades federais estão em greve e oito com indicativo de paralisação. No âmbito da rede federal, ao menos 470 campi, em 23 estados brasileiros, estão em greve, conforme o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe).
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Comentários

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Aderci

22 de abril, 2024 | 07:13

“Manifestação, greve são direitos legítimos, espero que também seja publicado pelo CEFET, porque é direito de todos saber, como será a reposição dos dias parados por todos: professores e técnicos-administrativos. A sociedade precisa saber e cobrar a reposição: é greve, não são férias!”

Fabiana

20 de abril, 2024 | 10:57

“E por fim os estudantes prejudicados e os professores querendo mais aumento, normal dos brasileiros servidores.”

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