28 de abril, de 2024 | 10:00

Oito meses após crime, família volta a pedir justiça por jovem morta em Ipaba de Santana do Paraíso

Arquivo pessoal
O corpo de Amanda foi encontrado à margem do rio Doce, em IpabinhaO corpo de Amanda foi encontrado à margem do rio Doce, em Ipabinha

Passados oito meses do assassinato de Amanda Taynan da Silva Costa, que tinha 18 anos de idade, os familiares continuam a pedir justiça, já que o caso ainda não foi solucionado. O corpo da jovem foi encontrado à margem do rio Doce, no bairro de Ipaba de Santana do Paraíso (Ipabinha). Estava nu, com escoriações e havia também um corte na nuca. O crime ocorreu no dia 23 de agosto do ano que passou. O Diário do Aço apurou com fontes da polícia que, além da morte cruel, há suspeita que a vítima possa ter sofrido algum abuso sexual.

A reportagem do Diário do Aço também conversou com um dos familiares da vítima, que não quis se identificar, temendo represália por parte dos criminosos. “Mais uma vez, o nosso pedido é para que a justiça seja feita, para que a polícia olhasse para esse caso com mais carinho. Sabemos que estão empenhados em resolver. Muitos casos arrastam anos e anos e não tem resolução, mas nesta terça-feira, dia 23, teve uma audiência no Fórum da Comarca de Ipatinga e pessoas foram intimadas”, relatou.

Também detalhou que a família ainda não tem conhecimento do teor dos depoimentos das pessoas que foram intimadas. “Da parte da nossa família, fizeram perguntas se a Amanda devia drogas para alguém e foi respondido que não. Mesmo sendo usuária, foi aliciada quando menor de idade e sempre procurava a mãe quando precisava de algo. Se existisse alguma dívida, ela teria falado, até mesmo pedido dinheiro. E teriam nos procurado, por ser um lugar pequeno”, contou.

De acordo com a família da jovem, Amanda tinha o diagnóstico de esquizofrenia, retardo mental e transtorno mental; fazia acompanhamento psiquiátrico no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). “A gente sofre muito com a perda da Amanda. Houve burburinhos de que ela era um fardo e trazia trabalho. Como qualquer dependente, tem um trabalho, mas a gente nunca desejou isso. Nós nunca desejamos a morte dela. A mãe sempre lutou pela vida dela, sempre correu atrás de internação”, enfatizou.

Apoio da comunidade
A pessoa entrevistada pelo DA ressaltou que a ajuda dos moradores da localidade é muito importante para a solução do caso. “Pedimos apoio da comunidade, que se tiverem alguma informação, informem a polícia para que esse crime seja resolvido e nós sabermos o real motivo de tamanha covardia”, destacou.

A fonte acrescenta que, na audiência, foram apresentadas pela polícia imagens de câmeras de segurança, em que dois jovens suspeitos foram vistos com Amanda, e que antes mesmo das câmeras terem sido averiguadas eles fugiram.
“Os dois suspeitos fugiram desde o dia em que ocorreu o crime e um deles ligou para familiares e disse que tinha feito uma ‘merda’ muito grande, que não poderia mais voltar na comunidade de Ipabinha. Eles foram intimados, mas não apareceram para depor. Quem compareceu na audiência foi o advogado deles. Então pedimos que, se alguém sabe de alguma coisa, de algum lugar onde os suspeitos estão, ligue para a polícia para que esse crime seja resolvido”, concluiu.

Ameaças
Dias antes de ser assassinada, um dos suspeitos em uma motocicleta ameaçou Amanda. Ele já fazia diversas ameaças contra a jovem. Nessas ameaças, avisaram que iriam matá-la, intento que foi concretizado na noite de 23 de agosto de 2023.

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Comentários

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Jackson

29 de abril, 2024 | 07:00

“Lamentável essa situação,e semelhante a do meu irmão advogado jaquesley assasinado na sua casa na frente de sua filha de 3 anos de idade e já vai integrar 4 anos e a justiça e a corregedoria da polícia civil até hoje com tudo não mãos e ainda não deu uma resposta para a família e nem para a sociedade,?meus parabéns ao diário do aço pelo apoio às famílias dos crimes”

Fabricio

28 de abril, 2024 | 16:08

“Tem filmagem dos suspeitos com a vítima, os suspeitos fogem da justiça e não comparecem a intimação da justiça, o que pensar, tem caroço neste angu.
Eh, de suma importância que se dê uma resposta a sociedade local, onde as desigualdades sociais e a invisibilidade são mais aparentes e apontar/reafirmar que a justiça existe e funciona.
Tenho certeza que Dr. Gilmaro Ferreira Alves, um profissional qualificado e perspicaz, com a competência que lhe é peculiar vai deixar este caso sem solução, eu confio no seu trabalho, e vejo em breve este jornal, está noticiando novos desdobramento deste caso.”

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