28 de maio, de 2024 | 17:05

MPMG participa de audiência pública para debater os fatores de exclusão política das mulheres mineiras

Elisabete Guimarães/ALMG
 Audiência teve como intuito debater os fatores de exclusão política das mulheres mineiras dos cargos de poder Audiência teve como intuito debater os fatores de exclusão política das mulheres mineiras dos cargos de poder

Com informações do Ministério Público de Minas Gerais
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) participou de audiência pública realizada, na sexta-feira, 24 de maio, pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O objetivo da audiência foi debater os fatores de exclusão política das mulheres mineiras dos cargos de poder.

Segundo dados apresentados durante a audiência, dos 853 municípios mineiros, 188 não têm vereadoras, e em 333 apenas uma mulher tem mandato nas câmaras municipais. Além disso, no estado, apenas 64 cidades são administradas por mulheres.

A violência política contra mulheres no exercício dos mandatos também foi discutida na audiência, quando foram lembradas ameaças e perseguições sofridas por deputadas e vereadoras mineiras.

O coordenador do Centro de Apoio Eleitoral do MPMG, promotor de Justiça Emmanuel Levenhagen Pelegrini, disse considerar a violência política de gênero uma das principais causas da sub-representação feminina nesses cargos eletivos. Segundo ele, a instituição vem adotando uma série de medidas para prevenir e combater a violência política de gênero, o que culminou, inclusive, na prisão, no dia 7 de maio, do principal suspeito de fazer ameaças a deputadas mineiras.

Além disso, afirmou que o MPMG fará uma capacitação com os 304 promotores eleitorais de Minas sobre o combate aos atos de violência política de gênero. A ideia é aprimorar a atuação no período eleitoral que se aproxima.

Emmanuel Levenhagen também coordena o Observatório de Direitos e Democracia, instalado pelo MPMG em abril de 2023, com o objetivo de acompanhar as ações que configurem violação aos direitos de liberdade, como crimes contra a liberdade de imprensa, crimes contra o direito de expressão, crimes contra o direito de opinião e contra o direito de reunião, crimes contra raças e etnias, crimes contra grupos vulneráveis, entre outros.

Para o promotor de Justiça, é preciso unir forças para solucionar a questão. “A gente precisa de uma comunhão de esforços do Judiciário, Ministério Público, Legislativo, candidatos, partidos políticos, sociedade civil organizada, para que o problema seja enfrentado”, concluiu.
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Comentários

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Viewer

29 de maio, 2024 | 08:43

“Que exclusão ? basta se candidatar e fazer boas propostas e cumpri las que elas terão todo direito de participação garantida por lei e de forma democrática.”

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