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30 de maio, de 2024 | 11:39

Depois de fechar siderúrgica em Barão de Cocais, Gerdau anuncia investimentos

Divulgação
A usina de Barão de Cocais tinha 101 anos de fundação e é considerada uma das primeiras de Minas GeraisA usina de Barão de Cocais tinha 101 anos de fundação e é considerada uma das primeiras de Minas Gerais

A Gerdau anunciou esta semana investirá R$ 400 milhões em uma “robusta expansão e modernização” de sua indústria siderúrgica, localizada em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). A informação foi publicada nesta quinta-feira pelo jornal Diário do Nordeste.

O diretor de Relações Institucionais da Gerdau, Pedro Torres, informou que, com o aporte, o Ceará passará a ser a principal praça da empresa no Norte e Nordeste, funcionando como um ponto estratégico para os planos de longo prazo da siderúrgica.

As obras devem começar em janeiro de 2025. Até lá, serão feitos estudos e análises de engenharia. A indústria deve retomar as operações em 2026. Durante a construção, a expectativa é que sejam gerados 400 empregos. Já na operação da indústria, são previstos 500 trabalhadores.

Tores informou ao Diário do Nordeste que a Gerdau analisa o que ocorrerá com os trabalhadores atuais da planta, que não poderão permanecer nos postos de trabalho durante o período de “hibernação da planta siderúrgica”.

Uma das opções será recolocar uma parte do quadro de funcionários em outras plantas da empresa. Aos profissionais que vierem a ser desligados, a companhia deixa em aberto a recontratação quando a unidade voltar às operações, daqui a um ano e meio. O executivo afirma que o investimento só será viável porque o Governo Federal se sensibilizou com o setor e taxou o aço chinês importado em 25%.

Barão de Cocais
A informação do investimento no Ceará saiu na mesma semana em que a Gerdau anuncia o fechamento da siderúrgica em Barão de Cocais, resultando na demissão de um efetivo avaliado em 450 empregos diretos e cerca de 1.000 indiretos. A usina tinha 101 anos de fundação e é considerada uma das primeiras de Minas Gerais. A capacidade instalada é de 330 mil toneladas de aço por ano, em dois alto-fornos a carvão vegetal e uma aciaria. O aço laminado na usina Barão tem como destino prioritário o mercado interno, para bens de capital, torres de transmissão de energia, construção civil, pivô de irrigação, ferramentas manuais (forjaria), entre outros destinos.

Em nota oficial, a companhia afirmou que a decisão foi resultado de uma profunda análise da competitividade da planta em relação às condições do mercado de aço no Brasil. “Os custos elevados de matérias-primas e a insuficiência da produção de minério de ferro próprio, em Minas Gerais, somados a uma estrutura com menor nível de atualização tecnológica da usina, estão afetando diretamente a competitividade da unidade frente ao cenário desafiador do setor. A medida está em linha com o planejamento estratégico da empresa de otimização de ativos”, enfatizou.

A Gerdau também divulgou que está investindo cerca de R$ 7,5 bilhões no Brasil, para otimização e modernização das plantas no país e para uma nova plataforma de mineração sustentável. A suspensão da atividade na usina de Barão de Cocais faz parte de um plano da siderúrgica de otimização dos ativos, “maximizando plantas mais competitivas e revisando unidades menos competitivas”.

Respondendo por menos de 3% das operações da Gerdau no Brasil e considerada ultrapassada, a planta de Barão de Cocais foi desativada por ter um alto custo de produção, de acordo com a empresa. Os cerca de 450 colaboradores estão sendo realocados para outras unidades ou demitidos.

No comunicado, a empresa afirma que tem outros investimentos em solo mineiro. O estado vai receber 66% dos valores previstos de investimento. Até o fim de 2025, a Gerdau deve terminar a ampliação da capacidade da usina de Ouro Branco - onde estão sendo investidos R$ 1,5 bilhão - e entregar o projeto de mineração responsável em Ouro Preto, que está recebendo um aporte de aproximadamente R$ 3 bilhões. Há ainda a destinação de R$ 50 milhões para a modernização da planta em Divinópolis.

Já publicado:

Gerdau fecha usina siderúrgica em Barão de Cocais e demite centenas de trabalhadores
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Comentários

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Cicero Fontes Ricardo

10 de junho, 2024 | 07:36

“Se o governo federal não tiver seu mandato cassado com urgência,o Brasil entrará em estado de ressecção brevemente. LULA está destruindo o país, enquanto isso o povo está gemendo,mas calado.”

Jane

04 de junho, 2024 | 21:35

“Tem gente propagandeando comprar ações da Gerdau na bolsa, já está tarde porque informações privilegiadas não saem em jornal quem lucra com isto é uma pequena elite. Tem gente achando ótimo pois se fosse estatal continuaria dando "custos"... o barsileiro médio que não se preocupa com emprego, economia local etc tem que ser muito rico. Não ser comerciante local e nem trabalhador. Será que tem emprego tão estrelado assim... e quanto a GERDAU é uma prática antiga. Já compraram empresa somente para fechar por motivos "estratégicos"... essa durou até bastante.
Outra contradição é o povo que grita privatiza mas que quando o emprego na empresa provada "roda" xinga o Estado. Tipo banco que torce para um Estado mínimo e que as pessoas é pequenos negócios empobreçam e peguem mais empréstimos a juro espaciais e depois na hora do prejuízo correm o pires pedindo socorro (imerecidos) ao Estado. Vide a crise de 2008 onde nos maiores países capitalistas bancos foram agraciados com ajudas governamentais e o povo pagando isto até hoje. Mas depois vem neoliberal formado em economia no Instagram vomitar que as aposentadorias é que "quebram" um povo... vai vendo e crendo nisto!
Enfim viva o capitalismo selvagem e boa sorte aos trabalhadores agora desempregados.”

Marcilio

04 de junho, 2024 | 02:05

“Se fosse empresa do governo ia continuar bancando o prejuízo, e aumentando impostos.
Esse governo vai acabar com o Brasil.
É só ver o que acontece com as muitas empresas que possui. É SÓ PREJUÍZO, E AUMENTO DE IMPOSTO!
VENEZUELA À VISTA”

João Camilo dos Santos

02 de junho, 2024 | 20:34

“Gerdau está na B.V. e se alguém quiser e achar que é um bom negócio compra ações e vai pro mercado e seja felizzzz
.”

Zema

01 de junho, 2024 | 07:56

“Oxxi,então o Ceará a praça é nelhor que Minas Gerais para uma implantação de expansão,já que os impostos em Minas e mais alto....
Não deu nem tempo de reclamar que o governo estava fechando a Gerdau e vou ter que me retratar no grupo de WhatsApp,plantei a notícia é falei,faz o L petezada...

Achei que estavam fechando a fábrica porque estava quebrada,como quebrada se vai fazer investimento inicial de 400 milhões ????”

Clésio R. Cruz

31 de maio, 2024 | 23:17

“Essas empresas são ilegais. Pois o sub solo é do brasil e toda essa riqueza deveria ser voltada pra resolver o problema da fome da pobreza do saneamento básico etc. Não ficar na mão de poucos. Não existe garimpo legal todos são ilegais pois destroem o meio ambiente. Então todos essas riquezas que saem do solo teriam que servir ao povo pois quando acabar alguns estão ricos e o povo na miseria.”

Tião Aranha

30 de maio, 2024 | 15:12

“Aí seria o Vale da Amargura! Mas não tá longe não. A maior parte da população brasileira são "jovens" de mais de 40 anos. Não tendo mão de obra ativa tem mais é que fechar mesmo. Aí, sem emprego, fale a Previdência; pois o Mnistro da fazenda já está falando em fazer uma nova Reforma. Observe que a Aperan não tem nenhum plano de expansão para a sua Usina de Timóteo.”

Farias Maio

30 de maio, 2024 | 13:50

“Engraçado o setor siderúrgico.

Querem taxar o aço Chinês, mas vão a China comprar equipamentos pois são mais baratos.

Exemplo, a Usiminas comprou uma coqueria e equipamentos chineses.

Aqui no Brasil, tem legislações, normas a serem cumpridas na fabricação. E na China?

Querem taxar Shopee, Aliexpress...
A maioria dos fabricantes de roupas, compram roupas chinesas para vender no Brasil.

Os empresarios não dão valor a mão de obra brasileira.
E querem apenas lucro sem fim.

Empresários, invistem no Brasil, na mão de obra brasileira.
Assim, o dinheiro gira e todos lucram.”

Peão Antigo

30 de maio, 2024 | 12:38

“Temos que cobrar dos governantes protecionismo das nossas industrias. Imagine fechar em um tapa só: USIMINAS, APERAM ( ANTIGA ACESITA ) e CENIBRA, o que seria da Região Metropolitana do Vale do Aço.
Outra coisa a se investir é em ferrovia.”

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