27 de junho, de 2024 | 14:35

Lula não descarta federalização de estatais mineiras para abater parte da dívida do Estado

Nesta quinta-feira (27) e sexta-feira (28), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cumpre agenda em Contagem, Belo Horizonte e Juiz de Fora. Antes de chegar ao estado, ele concedeu entrevista ao portal O TEMPO, na qual falou a respeito da dívida de cerca de R$ 165 bilhões de Minas Gerais com a União.

Um texto proposto pelo Ministério da Fazenda aponta a possibilidade de transferência de ativos, como estatais, para reduzir o estoque da dívida dos estados. “O ministro (Fernando) Haddad está conversando com o senador Rodrigo Pacheco e com o governador Zema para construir uma solução adequada. Há várias alternativas na mesa, como, por exemplo, a sugestão do senador, de federalizar empresas mineiras, como a Cemig e a Codemig. Com seriedade e compromisso com o povo mineiro, vamos alcançar uma solução”, afirmou o presidente.

A princípio, a proposta do governo previa apenas a redução dos juros do indexador atrelado à dívida - além do IPCA, a fórmula tem uma taxa de juros de 4%. Batizado de “Juros pela educação”, o programa propõe a redução da taxa de juros para até 2% entre 2025 e 2030.

Os Estados poderão aderir ou não a este programa, mas se cumprirem as metas de expansão das oportunidades de educação a redução da taxa de juros torna-se permanente”, observou o presidente. A federalização de ativos era até então prevista apenas para reduzir em mais um ponto percentual a taxa de juros.

Zema
O governador Romeu Zema (Novo) foi convidado para participar da agenda do presidente em Belo Horizonte, mas negou o convite. Segundo a equipe do governador, o convite foi feito em cima da hora, impossibilitando a readequação de agenda de Zema.