21 de julho, de 2024 | 06:00

Jogão na Arena

Fernando Rocha

Com expectativa de público acima dos 40 mil torcedores, bem próximo da capacidade máxima da Arena MRV, que é de 46 mil, Atlético x Vasco da Gama fazem hoje um dos principais jogos pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro.

O Galo, com uma campanha muito aquém das expectativas, ocupa apenas o 11º lugar, com 22 pontos conquistados, distante 14 pontos do líder Botafogo, o que praticamente o deixa fora da disputa pelo título, mas ainda vivo para tentar garantir vaga na Libertadores/2025.

O Vasco da Gama começou muito mal, envolto numa enorme crise administrativa, esteve na zona de rebaixamento, demitiu o treinador e deu a volta por cima com um interino no comando, a ponto de estar hoje à frente do Galo, em 9º lugar, com 23 pontos ganhos.

Batata no forno
Depois de um período de turbulência, devido aos inúmeros desfalques por contusões, suspensões e atletas convocados para servir seleções, o Galo está voltando à normalidade e pode contar, inclusive, com os novos contratados: Bernard, Junior Alonso, Lyanco e até mesmo Fausto Vera.

O empate com o Juventude, na última rodada, foi frustrante em todos os sentidos, pois, além dos erros recorrentes de marcação do meio-campo e da defesa, o ataque desperdiçou um caminhão de oportunidades.

Hoje, o desfalque a se lamentar é do lateral/ala Arana, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Por outro lado, o técnico Milito terá a volta do volante/zagueiro Battaglia, que ficou fora da última partida também por suspensão.

Até aqui, em sua maioria, a torcida tem culpado a diretoria e poupado o técnico Milito pela má fase do time, mas, com certeza, se mesmo com a utilização da força máxima de seu elenco os resultados positivos não vierem, a “batata” do treinador será levada ao forno e assada rapidamente.

FIM DE PAPO

Luís Zubeldía, técnico do São Paulo, é o mais novo treinador estrangeiro na mira dos árbitros. Na vitória por 1 a 0 sobre o Grêmio, na noite de quarta-feira, no Morumbi, o treinador argentino foi mais uma vez advertido com cartão amarelo por conta de suas reclamações. Não só isso, deu chiliques, chutou duas vezes o microfone de TV instalado próximo ao banco de reservas, além de xingar palavrões para todos os lados ao discordar das marcações da arbitragem. Foi o sétimo cartão do técnico são-paulino, que lidera o ranking entre os treinadores do Brasileirão, superando, inclusive, outro chato, o português Abel Ferreira, do Palmeiras, que tem 5 cartões amarelos. Zubeldía tem obtido ótimos resultados à frente do tricolor paulista, mas, com suas atitudes fora de campo, se tornou o novo “mala sem alça” entre os treinadores que atuam no futebol brasileiro.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) realizou, na última quinta-feira, o sorteio dos confrontos das oitavas de final da Copa do Brasil/2024. Desta vez, as bolinhas foram generosas com o Galo, que vai pegar o CRB de Alagoas, pior time dos 16 garantidos na próxima fase, cujos jogos serão disputados nos dias 31 de julho (ida) e 7 de agosto (volta). Os classificados para as quartas de final irão receber a premiação de R$ 4,515 milhões; na semifinal, mais R$ 9,45 milhões para cada clube. O vice-campeão receberá R$ 31,5 milhões, e o campeão, R$ 73,5 milhões. A Copa do Brasil deste ano reuniu 92 clubes.

Como diz uma expressão muito usada aqui nos nossos grotões banhados pelo rio Doce: “uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”. O futebol é surpreendente e a Copa do Brasil, um retrato fiel da sua imprevisibilidade. O Atlético foi vítima recente de um tal Afogados da Ingazeira, sendo eliminado por este time pernambucano que tinha um goleiro que jogava de boné. Então, todo respeito ao CRB, sob pena de passar por outro retumbante vexame.

O clássico Palmeiras x Cruzeiro, disputado ontem à noite, no Allianz Parque, foi precedido de enorme expectativa por parte da torcida celeste, que desejava ver logo os novos contratados sendo escalados na equipe titular. Por conta dos bons resultados que a equipe vem obtendo na competição, não acredito que o técnico Fernando Seabra, em nome da gestão de grupo e do politicamente correto, promova de imediato muitas mudanças na equipe titular, o que deve ocorrer ao longo da disputa, de forma natural, com base na meritocracia. Se atender às pressões e fizer o contrário, periga perder o grupo. Difícil é o torcedor entender, mas o Seabra vai, aos poucos e devagar, “mexer o angu para não dar caroço”. (Fecha o pano!)

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