24 de julho, de 2024 | 18:12

Homem é condenado a mais de 27 anos de prisão por tentativa de homicídio de companheira em Santana do Paraíso

Diário do Aço
O julgamento ocorreu no plenário da Câmara de Ipatinga, em função da reforma e ampliação no Fórum Valéria Vieira AlvesO julgamento ocorreu no plenário da Câmara de Ipatinga, em função da reforma e ampliação no Fórum Valéria Vieira Alves

Na tarde desta quarta-feira (24), o Tribunal do Júri da Comarca de Ipatinga considerou culpado um homem de 52 anos, acusado da tentativa de homicídio de sua ex-companheira, de 32 anos. O crime foi praticado no dia 12 de setembro de 2012 na rua São Vicente, bairro Chácaras Paraíso, em Santana do Paraíso. A pena foi fixada em 27 anos e 8 meses de reclusão em regime fechado.

O julgamento ocorreu no plenário da Câmara de Ipatinga, em função da reforma e ampliação no Fórum Valéria Vieira Alves. Em entrevista a reportagem do Diário do Aço, o promotor de Justiça Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, relatou que José Augusto dos Santos, hoje com 52 anos, não aceitou a situação do término do relacionamento com a vítima e começou a persegui-la. A insatisfação terminou de forma violenta.

“Ele começou a vigiá-la no trabalho, a surpreendeu em via pública com um veículo, a cercando, e desferiu um disparo na cabeça, fazendo com que ela caísse desfalecida. Neste momento ele evadiu, enquanto a mulher foi socorrida por pessoas que estavam próximas e que chamaram a ambulância. A polícia também foi até o local. Ela foi atendida de forma rápida e com um atendimento eficaz pôde ter a vida salva. Entretanto, ficou com deficiência auditiva permanente e dificuldade de locomoção no braço”, detalhou.

Durante o julgamento ficou claro que o acusado havia tirado a vida de uma outra namorada, no município de Alvinópolis, em 2009. No entanto, a vítima em Santana do Paraíso não sabia do ocorrido quando conheceu o homem. “O criminoso ficou foragido e ainda não tinha sido preso por esse fato anterior e residia na nossa comarca, em Santana do Paraíso. Com isso, conseguiu ter uma vida normal, como se fosse uma pessoa que não devesse nada à justiça. Ela não imaginava que ele tivesse o histórico de ter matado uma outra mulher. Durante o julgamento ficou demonstrado que ela nem sequer sabia o nome real do ex-namorado. Ele se apresentou para ela usando o nome de um irmão dele”, acrescentou.

“Ela percebeu as atitudes agressivas, mas quando terminou o relacionamento, foi surpreendida com esse ataque covarde e brutal. No crime em Alvinópolis, ele havia recebido uma pena de cerca de 20 anos. No de Paraíso, dadas as circunstâncias, mesmo sendo caso de tentativa, os jurados acolheram quase que integralmente a denúncia do Ministério Público, sustentada no plenário, e condenaram pela tentativa de homicídio com qualificadoras do motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e falsa identidade”, explicou o representante do MPMG.

Gravidade
O promotor também ressaltou que o judiciário foi condizente com a gravidade, devido a pena de 27 anos e 8 meses em regime fechado, a qual será somada com a pena do antigo homicídio já praticado.

“Aqui, a pena foi até maior do que a que foi estabelecida no caso da vítima que faleceu. É um indivíduo que já tinha matado uma mulher antes e conseguiu foragir da justiça. Ele não apresentava documentos, utilizava o nome de outras pessoas. Criminosos também se aproveitam de falhas da estrutura do sistema para tentar não submeter a lei. Mas foi dada uma resposta firme pela comunidade dos jurados. A pena chegou perto do limite máximo que poderia chegar, que seria de 30 anos”, alegou.

Defesa
A defensora Ana Elisa Carvalho Fernandes Matos dos Santos, afirmou ao jornal que a defensoria pública atuou na defesa do réu, explorando as possíveis teses defensivas a partir de todas as provas produzidas. “A defensoria pública interpôs recurso, visando, dentre os pontos, o abrandamento da pena imposta ao réu”, concluiu.

Já publicado:
Homem acusado de tentar matar a mulher em Santana do Paraíso vai a julgamento dia 24

Outro caso com pena superior a 27 anos por crime parecido

No dia 16 de julho, outro homem foi levado a julgamento no Tribunal do Júri de Ipatinga, também por tentativa de homicídio e igualmente foi sentenciado a pena superior a 27 anos de cadeia. Neste caso, o crime foi cometido no bairro Industrial, em Santana do Paraíso, conforme já noticiado pelo jornal.

Ailton Cardoso de Jesus, de 33 anos, foi sentenciado a uma pena de 27 anos, seis meses e 20 dias de prisão, por tentar matar a ex-mulher dele a facadas na frente dos três filhos do casal (uma menina de 10 anos, um menino de oito anos e outra menina, de oito meses de vida). A vítima tinha 30 anos à época do fato.

Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]
MAK SOLUTIONS MAK 02 - 728-90

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Cidadão

25 de julho, 2024 | 05:51

“Impossível começar uma relação hoje, seja homem ou mulher, sem antes puxar a vida preegressa da pessoa. Todo mundo conhece um advogado ou um policial que tem acesso a esse tipo de informação. Com nome completo e CPF, se possível o nome da mae, já dá para ter a ficha de antecedentes.”

Justiceiro

24 de julho, 2024 | 20:48

“Este promotor Jonas Juno está entre os melhores de minas caiu na mão dele a condenação é certo”

Pasmado Com Isso Tudo

24 de julho, 2024 | 18:48

“O cara já tinha matado uma mulher e tentou matar outra? Mas como esta livre, se tinha MATADO uma pessoa???? É necessário que as mulheres, ao encontrar um namorado, passe a puxar a capivara do caboclo para não cair numa situação dessas. Creindeuspai!!!!”

Envie seu Comentário