26 de julho, de 2024 | 09:00

Minas Gerais se mantém em segundo lugar em participação da receita comercial no Brasil

Isabelly Quintão
O comércio varejista foi uma das principais atividades em termos de participação na receita bruta de revendaO comércio varejista foi uma das principais atividades em termos de participação na receita bruta de revenda

Por Matheus Valadares - Repórter Diário do Aço
O estado de Minas Gerais se mantém como a segunda unidade federativa (UF) com maior participação das receitas comerciais do país, concentrando 10% do total, ficando atrás apenas de São Paulo, que responde por 28,6%. Os dados são da Pesquisa Anual de Comércio (PAC) 2022, divulgada nesta quinta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

O estudo revelou que a atividade comercial mineira obteve R$ 726,75 bilhões de receita bruta de revenda e de comissões sobre vendas e R$ 137,6 bilhões de margem de comercialização (diferença entre a receita líquida de revenda e os custos das mercadorias revendidas). O setor comercial ocupou cerca de 1,12 milhão de pessoas no estado, pagando R$ 28,8 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. Esses valores foram gerados por 178,2 mil unidades locais comerciais.

As três principais atividades em 2022, em termos de participação na receita bruta de revenda e de comissões sobre vendas e, também, na margem de comercialização do estado foram Comércio Atacadista de produtos intermediários, resíduos e sucatas (compreende Combustíveis e Outros produtos intermediários), Comércio Varejista não especializado (compreende Hipermercados/supermercados e outros tipos de comércio não especializado) e Comércio Varejista de outros produtos em lojas especializadas.

Em termos de salários, retiradas e outras remunerações, as maiores participações foram de Comércio Varejista de outros produtos em lojas especializadas, Comércio Varejista não especializado e Comércio de Veículos, peças e motocicletas, enquanto, em termos de pessoal ocupado, além das duas primeiras atividades citadas, ocupou a terceira posição o Comércio Varejista de tecidos, artigos de armarinhos, vestuário e calçados.

Setor atacadista
O comércio atacadista em Minas Gerais prevaleceu em termos de receita bruta de revenda e de comissões sobre vendas em relação aos demais segmentos do comércio (comércio de veículos, peças e motocicletas e comércio varejista), enquanto o comércio varejista prevalece nas variáveis margem de comercialização; salários, retiradas e outras remunerações; pessoal ocupado; e número de unidades locais com receita de revenda. Já o salário médio mensal foi maior no comércio atacadista (2,4 salários mínimos).

Setor de varejo
O comércio varejista do estado perdeu 4,7 pontos percentuais desde 2013 na composição da receita bruta de revenda e de comissões sobre vendas (de 47,1% para 42,4%) e o comércio de veículos, peças e motocicletas perdeu 3,8 p.p. (de 12,0% para 8,2%), enquanto o comércio atacadista ganhou 8,5 p.p. (de 40,9% para 49,4%), passando a ser o principal segmento neste indicador.

Brasil
Em 2022, a atividade comercial brasileira tinha 1,4 milhão de empresas, que ocupavam 10,3 milhões de pessoas. Esse contingente caiu 0,7% em uma década, uma redução de 76,6 mil pessoas. No entanto, em relação ao ano anterior, houve um aumento de 2,6% (263,7 mil pessoas). Foi a primeira vez que o número de ocupados no setor superou o patamar pré-pandemia, registrado em 2019. Nessa comparação, o comércio aumentou em 157,3 mil o número de pessoas ocupadas, o que representa um crescimento de 1,5%.

“Desde 2019, o ano de 2022 foi o primeiro que registrou uma recuperação plena da empregabilidade depois das perdas durante a pandemia, mas ainda não chegamos ao patamar de 2013/2014, quando foram registrados os maiores números da série histórica, com 10,4 e 10,6 milhões de pessoas ocupadas, respectivamente. A partir de 2014, tivemos um período de crise econômica, com aumento do desemprego, e isso impactou também o setor de comércio”, lembra o analista da pesquisa, Marcelo Miranda.

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