27 de julho, de 2024 | 15:00

Venda diária de aço bate recorde depois da restrição de importações

Divulgação
A nova tributação, que inclui um imposto de importação de 25% sobre produtos que ultrapassam cotas estabelecidas pelo governo, incentivou algumas usinas a anunciarem aumento de preços para agostoA nova tributação, que inclui um imposto de importação de 25% sobre produtos que ultrapassam cotas estabelecidas pelo governo, incentivou algumas usinas a anunciarem aumento de preços para agosto

As vendas diárias de aços planos por distribuidores no Brasil atingiram um recorde em junho, registrando o melhor desempenho em um mês desde pelo menos 2015. Esse resultado positivo levou o setor a prever um crescimento de 3% em 2024. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), os distribuidores venderam 16,9 mil toneladas de aço plano por dia em junho, um aumento de 19% em relação ao ano anterior. Em 2015, o volume de vendas foi de 12,3 mil toneladas.

O presidente do Inda, Carlos Loureiro, destacou que junho foi um mês de recuperação tanto para as usinas siderúrgicas quanto para os distribuidores. Esse cenário se deve ao aumento de preços e à expectativa de outros reajustes. Além disso, a nova tributação, que inclui um imposto de importação de 25% sobre produtos que ultrapassam cotas estabelecidas pelo governo, incentivou as usinas a anunciarem aumentos de preços para agosto. As empresas Gerdau e CSN elevaram os preços de produtos planos em 7% a 8%. Ainda não há informações sobre se as rivais ArcelorMittal e Usiminas seguirão o mesmo caminho.

Com os reajustes, o “prêmio” do aço produzido no Brasil em relação ao importado está em 12% a 13% para bobinas a quente. No entanto, com o imposto de importação incluído, esse prêmio cai para zero, o que pode abrir espaço para novos reajustes pelas usinas. Analistas do Bradesco BBI preveem que as importações continuarão em tendência decrescente daqui para frente. “Especialmente porque a quota (de importação) para o período atual – junho a setembro – foi quase totalmente concluída para a maioria dos produtos”, disseram os analistas.

Segundo os números do Inda, em chapas zincadas e galvalume as cotas de importação entre junho e setembro foram preenchidas entre 80% e 100% até o início da semana que passou. Isso ocorre também com alguns tipos de bobinas a quente e frias.

Já publicado:
Estabelecidas cotas de importação de aço e imposto de 25% sobre o excedente

Importações
Em junho, as importações de aços planos pelo Brasil caíram 13,3% ante maio, mas ainda mostraram crescimento de cerca de 5% sobre junho do ano passado, a 211,17 mil toneladas, afirmou o Inda. No acumulado do primeiro semestre, houve expansão de 22% nas importações, a 1,28 milhão de toneladas.

“Mas o pico de variação percentual (do acumulado) já começou a cair”, disse Loureiro, citando a expansão de 26% de janeiro a maio. Nesse volume, há importações feitas pelas próprias usinas siderúrgicas nacionais, como a CSN, que segundo Loureiro importou cerca de 300 mil toneladas de aço no primeiro semestre.

O presidente do Inda afirmou que a venda de aço plano pelos distribuidores em julho “vai ser bem acima de julho do ano passado” e com isso a “perspectiva de crescimento de 3% (em 2024) nos parece muito factível”.

Segundo a entidade, a previsão para as vendas de julho é de 333,6 mil toneladas, 7,5% acima do registrado um ano antes, mas 1,5% abaixo das 338,7 mil de junho.

O setor, responsável por cerca de um terço do consumo de aço produzido pelas usinas brasileiras, terminou o semestre passado com estoques de 929,5 mil toneladas, uma expansão de 9,4% sobre o volume de um ano antes e equivalente a 2,7 meses de vendas. A maior expansão nos estoques ocorreu em materiais zincados, cujo volume subiu 30,2%, a 133,1 mil toneladas.

(Com agências)

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Comentários

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Marcos Guimarães

30 de julho, 2024 | 10:07

“Eu dediquei boa parte da minha vida a essa Empresa, fui e voltei e nada mudou. Perspectivas frustradas, salários ridículos, e Gestores que ganham prêmios no final do ano como bônus por cumprirem metas de redução de custos ( salario é um deles) e demissões, e desafio qualquer Gestor me desmentir, basta acessar algum Procedimento interno MASGARPRxxxxxx, né?
Deixei Minas e o Vale do Aço, afinal, este lugar está falido e a culpada é a Usina de Ipatinga que numa cadeia hierárquica, paga mal e não permite que outras Empresas paguem bons salários, quem é da gestão de terceirizadas sabe desta verdade.
No ano !995 um Funcionário médio ganhava 9 salários mínimos, era o meu salario com 5 anos de casa, hoje, 75% do Blue colar ganha !.2 salários mínimos. Uma vergonha!”

Carlos da Cunha Matsu

28 de julho, 2024 | 23:26

“A USIMINAS tem sido uma vergonha para a cidade de ipatinga, devido o desespero de muitos trabalhadores, ela consegue mão de obra capacitada, por míseros reais, seu staff tem salários altíssimos e regalias, mas os trabalhadores chão de fábrica estão adoecendo, com excesso de horas trabalhadas, e muitas vezes sem folga, a maioria que aposentam saem doentes de várias doenças, a mais recorrente depressão, USIMINAS NUNCA CONTRIBUI COM IPATINGA, Pelo contrário só exploração, e poluição, e cultura de opressão é nitida , ,lembramos do massacre de ipatinga como se fosse hoje , nunca esqueceremos nossos heróis, A USIMINAS, esta" escravizando "a população da região, principalmente os jovens, que são obrigados migrarem para os Estados Unidos e Portugal por falta perspectivas. A irrelevancia da USIMINAS em ipatinga é notório.
Só não vê quem não quer, além da maioria dos presidentes de sindicatos serem" PELEGOS " INIMIGOS DOS CHÃO DE FABRICA!
TEM FUNCIONÁRIOS GANHANDO POUCO MAIS DE UM SALARIO MÍNIMO, E esta empresa batendo recordes de produtividade, outra a terceirização, a saber, a maioria das empreiteiras, seus proprietários são do alto escalão da empresa, aposentado ou na ativas , está terceirização retirou inúmeras benefícios dos funcionários que eram da usiminas.
USIMINAS UMA VERGOMHA EM IPATINGA E NO CENÁRIO NACIO, SO PENSA EM LUCROS ESQUECEU QUE É O SER HUMANA QUE FAZ A EMPRESA VIVER...
FALANDO EM VIVER , QUEREMOS CONTINUAR VIVOS, A MAIORIA DA POPULAÇÃO DE IPATINGA SOFRE COM DOENCAS RESPIRATÓRIAS ENTRE OUTRAS.
O MINISTÉRIO PUBLICO PODERIA AVALIAR ESTA SITUAÇÃO,L QUE DURA DÉCADAS..”

Glauber Machado

28 de julho, 2024 | 22:11

“A Usiminas hoje produz muito mais e tem muito mais luro do que nosso passado, porém toda essa "evolução estratégica" revertida aos seus cofres, não são mencionados que seus trabalhadores hoje fazem o papel de 3, 4 ou até mais trabalhadores faziam no passado, ou seja, sobrecarga de trabalho e acúmulo de função, sem falar do arrocho salarial, hoje temos salários ridículos, benefícios idem, Ipatinga já não tem mais a riqueza de outrora, o que a siderúrgica lucra, vai tudo pra fora, para o bolso de acionistas e investidores que nem fazem ideia de onde fica Ipatinga, deixando aqui somente a poluição e a pobreza, tanto é que a cidade hoje cresce apenas na sua favelização, comércios fechando e algumas empresas até falindo, Ipatinga está virando cidade dormitório.
A Usiminas deveria ser reestatizada e controlada pelos seus trabalhadores, em todos os níveis, do contrário, pode acontecer aqui o que aconteceu com a Gerdau de Barão de Cocais.

#TrabalhadoresUnivos
#UmaTerraSemAmosAInternacional”

Marciog24

28 de julho, 2024 | 20:05

“Pelo que eu entendi as empresas nacionais que tanto reclamam da perda de competitividade ,vão aumentar seus preços? Se for isso é uma sacanagem”

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