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06 de agosto, de 2024 | 06:00

“P” da vida

Fernando Rocha

O torcedor do Atlético tem toda razão de ficar “p” da vida com o time, com o técnico Milito, principalmente, devido aos últimos resultados pífios, sem vencer e convencer, contra times considerados da prateleira de baixo do futebol nacional.

Não tem o Hulk, ídolo e referência do time, mas, a meu juízo, o problema nem é esse, pois, mesmo com o craque em campo, sem os desfalques que atazanaram sua vida em julho último, a equipe alvinegra vem entregando muito menos do que se espera dela.

O que, de fato, tem atrapalhado são as constantes improvisações feitas pelo técnico na escalação, todas com o objetivo de manter a sua ideia de jogo que não se mostra eficiente.

E tome volante jogando de zagueiro, lateral de atacante, meia-armador de lateral, volante de atacante, assim por diante. Se o técnico não admitir que precisa repensar o esquema atual, não tem como dar certo.

Momento decisivo
Neste mês que se inicia, esta e a próxima semana serão decisivas para a temporada do Galo, claro, e acredito que, também, serão fundamentais para a sequência de Gabriel Milito no comando do alvinegro.

Amanhã, recebe na Arena MRV o CRB de Alagoas, decidindo vaga nas quartas-de-final da Copa do Brasil; no sábado próximo, fará o clássico contra o Cruzeiro, no Mineirão, pelo Brasileiro; na quarta-feira da próxima semana, vai à Argentina pegar o San Lorenzo, pelas oitavas da Libertadores.

Caso o time não volte a jogar bem e vença seus compromissos, a batata do Milito, que já está sendo assada em fogo médio, vai sair do forno e ser posta à mesa. Ah, isso vai!

FIM DE PAPO

A contratação do atacante Deiverson junto ao Cuiabá, pelo Atlético, pode ser interessante. O time carece de um jogador com as suas características de definidor, além de já chegar sabendo que será reserva de Hulk. O salário, de R$ 700 mil, achei muito caro, mas, para os padrões do Galo e do futebol de hoje, até que não é. Jogadores com requintes de porralouquice, como é o caso de Deiverson, costumam dar certo e cair logo nas graças da torcida.

Com sete reforços contratados até aqui, nesta segunda janela de transferência, o Cruzeiro investiu mais de R$ 200 milhões e, segundo o dono do clube, empresário Pedro Lourenço, fechou as portas da Toca 2 para novas chegadas. Por outro lado, uma verdadeira barca com saídas de jogadores vem acontecendo, sendo que o último foi um “cria” da Toca: o atacante Robert, considerado “joia” da base até pouco tempo atrás, que vai jogar na Dinamarca, emprestado até agosto de 2025. Não vejo nada errado nisso, pois o clube mudou de patamar e se os jogadores não se enquadram mais no modelo pretendido pelos gestores, o melhor é dar linha para fazer a fila andar mais rápido.

A França eliminou os argentinos na Olimpíada de Paris, mas o que chamou a atenção foi a briga entre os jogadores depois do jogo, algo que escancara o atrito entre os times dos dois países, surgido em razão do canto racista puxado por Enzo Fernandes após o título da seleção “hermana” na Copa América. Não é uma novidade para nós, brasileiros, pois insultos discriminatórios são constantes quando os times daqui jogam no país vizinho, onde o racismo está entranhado em boa parte da cultura local, sem esquecer que, infelizmente, existe também nos quatro cantos do mundo.

O racismo está entranhado em boa parte da cultura argentina, notadamente de torcida do futebol. Uma parte da imprensa argentina chama os cantos de Enzo e companheiros de racista, outra parte só se refere como polêmico, assim como a sociedade argentina em geral. Até agora, a AFA (Associação de Futebol Argentina) não pediu desculpas, o capitão Lionel Messi emudeceu e o governo Milei, de extrema direita, demitiu o único funcionário que tentou repreender a equipe. Ou o corpo de futebol local não acha que houve nada de errado naquele episódio ou tem vergonha de agir para não ferir ânimos de torcedores. Tenho por mim que a maioria dos argentinos não é racista, mas quem deveria fazer a sua parte para demonstrar isso não o faz, e isso é inaceitável. (Fecha o pano!)

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