14 de setembro, de 2024 | 09:15

Preso segundo suspeito de matar ''Gabys'' em Antônio Dias

Jovem confessou a autoria do crime alegando que era ameaçado de morte pela mulher por causa de dívida de droga

Enviada ao Diário do Aço/Reprodução
Gabriela foi morta a golpes de faca e o corpo levado pelos autores no carro da própria vítimaGabriela foi morta a golpes de faca e o corpo levado pelos autores no carro da própria vítima
Policiais militares prenderam na tarde de sexta-feira (13) o segundo envolvido na morte de Gabriela dos Santos Souza, a Gabi, de 26 anos, assassinada dentro de uma casa na localidade de São Joaquim da Bocaina, em Antônio Dias. O crime foi praticado na noite de quarta-feira (11) e descoberto no outro dia, quando o corpo dela foi encontrado carbonizado nas proximidades do distrito de Lagoa do Pau, em Jaguaraçu.

O Serviço de Inteligência do 58º Batalhão da Polícia Militar de Coronel Fabriciano recebeu informações de colaboradores indicando que o indivíduo estava escondido em um barraco abandonado, próximo à residência da vítima. A equipe de policiamento se deslocou até o local e confirmou a presença do suspeito no imóvel, Danilo Albano de Freitas, de 20 anos.

Uma operação foi montada com militares fardados, que cercaram o barraco e efetuaram a prisão de Danilo. Na abordagem, ele não ofereceu resistência à prisão. Durante o registro, o jovem apresentou a sua versão dos fatos, alegando que seu aparelho celular contém informações relacionadas ao crime e que estava sendo ameaçado pela vítima.

Ele afirmou que Gabriela lhe cobrava R$ 20 mil de dívida por droga, sendo R$ 1 mil já pagos, faltando o restante a ser quitado. Segundo Danilo, a ameaça era de morte caso não realizasse o pagamento. Ele mostrou aos militares áudios das ameaças gravadas em seu celular, que foi apreendido.

Preso contou como foi a dinâmica do crime

Danilo relatou que, na companhia de Moisés Araújo Cristino, de 42 anos, já preso e recolhido ao Sistema Prisional, e um terceiro envolvido, de 20 anos, que continua foragido, cometeu o crime na residência da vítima. Após o homicídio, os envolvidos colocaram Gabriela em seu próprio carro, um Ford Focus, e seguiram até a localidade de Lagoa do Pau, zona rural de Jaguaraçu, jogaram o cadáver no meio do mato à margem da BR-381 e atearam fogo.

O carro foi abandonado no bairro Santa Terezinha, em Coronel Fabriciano, nas proximidades de um posto de saúde, conforme já noticiado pelo jornal Diário do Aço. Na sequência, os três foram a pé até um motel. A dinâmica do crime apresentada por Danilo confirmou os detalhes obtidos até o momento pela polícia. A versão, entretanto, ainda está em verificação.

Danilo aceitou falar com a reportagem do Diário do Aço e revelou que Gabriela foi morta a golpes de faca, e não a tiros, como se suspeitava inicialmente. O preso afirmou que no dia seguinte ao crime ele realmente esteve na casa da vítima, onde fizeram uma limpeza para tirar as marcas de sangue.

O jovem disse que se arrepende, mas alega que agiu por estar sendo ameaçado de morte por causa da dívida. “Eu ‘rodei’ (foi preso) com um crack dela e ela queria que eu pagasse R$ 20 mil”, antes de ser encaminhado para o plantão da 1ª Delegacia Regional de Ipatinga.

Por enquanto foi descartada ligação com homicídio de adolescente

O sargento PM Gilmar, da Polícia Militar de Antônio Dias, informou ao Diário do Aço que as apurações descartaram, até o momento, a ligação da morte de Gabriela com uma vingança. Havia suspeita do envolvimento dela com o assassinato de Pedro Henrique de Oliveira Lemos, de 17 anos, contudo as investigações continuam sobre o caso.

O corpo do adolescente foi descoberto por um caminhoneiro no fim da madrugada de 5 de agosto, à margem da BR-381, na saída de Cachoeira do Vale, em Timóteo, para o Belo Horizonte. Ele era morador de Antônio Dias e teria sido visto em companhia de Gabriela antes de desaparecer. Por isso, ela passou a ser ameaçada e mudou-se da cidade de Antônio Dias, para o povoado de São Joaquim da Bocaina.
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Comentários

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Marcelo Costa

14 de setembro, 2024 | 13:33

“Caso cabuloso. Mas então é isso. Pé raspado perdeu a croca da "chefa", foi ameaçado e teve a brilhante ideia de chamar outros "zumbis" e elimina-lá praticamente na frente de um povoado inteiro. E achou que escaparia dessa acusação? Queria muito entender a mente de um criminoso "pé de chinelo". Vai ser burro assim lá no corró”

Valdecir

14 de setembro, 2024 | 06:58

“Nunca é bom dar o caso por encerrado antes da conclusão do inquérito policial. A confissão não é o suficiente. De repente o mandante pode ter ordenado aos mataradores a inventar esta história de cobertura para não chegar a ele.”

K%23

14 de setembro, 2024 | 00:43

“A droga cobrando o seu preço. Bem alto para quem é correto. Agora dívida de droga de R$ 20.000,00? Que loucura! Vao alegar cosumo próprio.”

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