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21 de setembro, de 2024 | 10:00

''Os opostos são inseparáveis''

Eduarda Falcão *

Há regras universais que regem a vida de maneira inquestionável, sendo o equilíbrio um dos pilares fundamentais que sustentam a evolução de todas as formas de existência. O conceito de oposição, em suas variadas manifestações, está presente tanto nas interações pessoais quanto em toda a natureza, representando uma força essencial que transcende o livre-arbítrio e influencia ideologias, sociedades e comportamentos.

Sempre que uma força direcionante surge, outra se manifesta em sentido inverso. Esse é o princípio que rege o universo. Ele se protege, equilibrando energias e neutralizando os desequilíbrios que surgem. Desde as partículas atômicas que conhecemos até os elementos ainda desconhecidos, essa regra se mantém como uma constante. A oposição não é um acidente, mas uma necessidade estrutural que permite a continuidade da vida e da harmonia universal.

Entre as pessoas, essa dualidade também se manifesta. A razão, por mais poderosa que seja, cede espaço a esse fenômeno inevitável. Sentimentos emergem e obscurecem percepções, gerando pontos de vista completamente antagônicos. O que é claramente visível para uns, permanece nebuloso para outros. Esses eventos não ocorrem apenas em nível individual, mas também de forma coletiva, como um efeito dominó que abala estruturas sociais e culturais.
“Sempre que uma força direcionante surge, outra se manifesta em sentido inverso. Esse é o princípio que rege o universo”


Talvez seja esse o motivo para tantos antagonismos políticos que temos presenciado no mundo. Dois polos se formam constantemente, distanciando-se um do outro, sem que um anule o outro completamente. Ao contrário, esses extremos coexistem, criando um campo de forças que define o movimento das sociedades, ora aproximando, ora afastando as partes, mas sempre mantendo a presença do oposto como condição de existência.

Compreender esses paradoxos existenciais é fundamental para superarmos as intolerâncias que permeiam as relações humanas. Somente ao aceitar que os contrários são inseparáveis poderemos cultivar a paciência necessária para lidar com a complexidade do mundo. E, acima de tudo, devemos lembrar que, assim como em toda a criação, nada acontece sem a permissão Divina – nem mesmo a queda de uma folha.

Este entendimento, portanto, nos leva a reconhecer a interdependência dos opostos, não como um conflito sem solução, mas como uma dança cósmica, em que forças complementares se equilibram eternamente.

* Escritora brasileira

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Comentários

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Tião Aranha

21 de setembro, 2024 | 15:52

“Há quem compare o equilíbrio dum do planeta Terra comum âmbar; é o único criado por Deus com a promessa Dele estabelecer aqui o seu reino. Mas o pretexto paralelo são as deficiências humanas. O Universo é muito extenso, e é provável que os alienígenas que habitam a Estrela mais próxima da terra, 4.2 milhões de anos-luz tenham mais união que nós enquanto civilização. Do Universo, em síntese, pouco sabemos. Pro outro lado, daí a necessidade do Estado em promover o debate político para que a nação possa crescer espiritualmente, tal qual a união do côncavo e o convexo. Rs.”

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