27 de outubro, de 2024 | 08:00

Vinte anos sem Serginho, revelado pelo Social, que morreu em campo no Morumbi

Arquivo DA
No centro da imagem, Serginho aparece defendendo as cores do SocialNo centro da imagem, Serginho aparece defendendo as cores do Social

Neste domingo (27), completam 20 anos da morte do zagueiro Serginho, num jogo São Paulo x São Caetano, pelo Campeonato Brasileiro de 2004, no Morumbi. Aos 14 minutos do 2º tempo, o camisa 5 do time do ABC paulista caiu em campo vítima de uma parada cardiorrespiratória; médicos dos dois clubes tentaram reanimá-lo, a ambulância o levou a um hospital, porém nada mais poderia ser feito. Ele foi dado como morto poucos minutos depois. O jogo terminou naquele instante. Mais tarde, dirigentes e o clube São Caetano foram punidos por saberem do problema cardíaco do jogador e o deixarem seguindo a carreira.

O Morumbi, como os demais estádios brasileiros, não dispunha de um desfibrilador, aparelho “ressuscitador” para atuar em casos iguais e semelhantes ao de Serginho. A sua morte desencadeou muitas mudanças nos procedimentos preventivos e de atuação durante os jogos, dentre eles a obrigatoriedade do aparelho à beira dos gramados em jogos profissionais pelo país.

Serginho havia completado 30 anos no dia 19 do mesmo mês de outubro, estava no auge da carreira no clube paulista e seus empresários já negociavam uma transferência para o exterior, a fim de encerrar a carreira em alta e com a independência financeira definitivamente concluída.

História na região
Paulo Sérgio Oliveira da Silva, o Serginho, era natural de Vitória/ES. Veio para Coronel Fabriciano para ser jogador de futebol. Passou num teste para atuar pelo Sub-20 do Social, que em 1994 disputou o Campeonato Mineiro da categoria, sob o comando técnico do técnico timoteense Airton Careca. Com uma vasta cabeleira (presa ao estilo “rabo de cavalo), atuava de lateral-esquerdo, posição na qual atuou até chegar ao seu último clube, o São Caetano, onde foi deslocado para a zaga. Dentre os muitos garotos que vieram, ele foi o único que ficou para atuar pelo profissional, à época sendo montado para o retorno do Saci ao profissionalismo, na disputa da Terceira Divisão em 1995.

Antes, porém, teve uma passagem pela Patrocinense, numa disputa do Campeonato Mineiro da elite do mesmo ano de 1995. No Social, foi campeão da Terceirona, sob o comando técnico de José Ângelo. Seguiu no clube para a disputa do Módulo B de 1996, onde novamente conquistou o acesso, chegando com o Social à divisão principal do Estadual. Neste mesmo ano, foi emprestado ao Democrata-GV, onde jogou a 1ª Divisão.

Melhor campanha do Saci
Voltou ao Saci em 1997, na histórica campanha do terceiro lugar do Módulo A do Mineiro, conseguindo vaga para a disputa da Série C do Brasileirão, jogada no segundo semestre do mesmo ano. Naquele time, novamente sob o comando de José Ângelo, atuavam, dentre outros, o goleiro Gomes, zagueiros Anderson Figueiredo e Alexandre Nunes, volante Paulinho, meia Renatinho, atacante Washington. Em 1998, novamente jogou pelo Social a Primeirona Mineira.

No segundo semestre de 1998, foi emprestado ao recém-fundado Ipatinga Futebol Clube, na disputa da Terceirona do Estadual pelo Tigre, também conseguindo o acesso ao Módulo B.

Depois de breve passagem pelo Araçatuba-SP, foi parar no São Caetano em 1999, à época o clube mais emergente do país, onde brilhou, dentre outras campanhas, nas de vice-campeão brasileiro de 2000 e de vice da Libertadores em 2002.

Seu nome é lembrado até os dias atuais como exemplo de superação e de persistência para conseguir vencer na carreira de atleta profissional.

O corpo de Serginho foi velado e sepultado no Cemitério do Vale da Saudade, em Coronel Fabriciano, cidade onde, nos tempos de Social, conheceu e casou-se com Helaine e com quem teve o filho Paulo Sérgio, hoje residentes em São Paulo.
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Comentários

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Tião Marreta

27 de outubro, 2024 | 11:13

“Paz, amor, fé, esperaça, luz e união, não são apenas palavras.
Você tem certeza de que já fez tudo que podia pelo seu semelhante?
Pense bem, pois um dia vamos nos encontrar.
E eu gostaria muito de chamá-lo de meu filho.”

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