27 de outubro, de 2024 | 09:00

Família pede justiça para o ex-vereador Lico Dentão em Açucena

Passados dois anos e meio, suspeitos de mando nunca foram presos e três pistoleiros suspeitos respondem processo em liberdade; atentado a tiros deixou um morto e outro na cadeira de rodas no distrito de felicina

Arquivo pessoal
Almir de Oliveira Santos, o Lico Dentão, tinha 61 anos, quando foi assassinado em FelicinaAlmir de Oliveira Santos, o Lico Dentão, tinha 61 anos, quando foi assassinado em Felicina

A família de Almir de Oliveira Santos, o Lico Dentão, de 61 anos, espera há dois anos e cinco meses que seja feita justiça no caso. Lico era ex-vereador em Açucena e na tarde de 28 de maio de 2022 foi morto a tiros por dois pistoleiros, conforme noticiado na época pelo Diário do Aço. No momento do crime, ocorria uma reunião política na residência do ex-vereador, no distrito de Felicina.

Além de ceifarem a vida de Lico, os tiros também atingiram o correligionário Ciro de Oliveira e Silva, de 66 anos. Acertado nas costas, foi socorrido e levado para o Hospital Municipal de Governador Valadares. Ciro sobreviveu, mas teve que passar a viver em uma cadeira de rodas. Seu quadro de saúde piorou e chegou a ficar acamado.

As pessoas estavam reunidas na casa de Lico quando um atirador entrou pelos fundos e outro pela frente. Ambos portavam armas de fogo, entraram gritando e atiraram no alvo. Ciro assustou-se com os gritos e virou-se para um dos atiradores, quando recebeu o tiro nas costas. Já Almir não resistiu e morreu no local.

Depois disso, os nomes de dois possíveis mandantes do crime foram levantados. Três criminosos, com extensa ficha de antecedentes criminais foram presos em Ipatinga, portando armas de fogo. Entretanto, todos estão em liberdade. Os supostos mandantes nunca foram ouvidos.
Divulgação
Armas recolhidas com os investigados por envolvimento no crime, presos em Ipatinga  Armas recolhidas com os investigados por envolvimento no crime, presos em Ipatinga

Diante da sensação de impunidade, familiares fazem um apelo ao Ministério Público Estadual e à Justiça da Comarca de Açucena: “Já contratamos um advogado para auxiliar, o pagamento foi feito, mas o que mais temos é uma sensação de impunidade. Meu irmão foi morto por motivação meramente política. E o mais triste é termos que conviver com os assassinos pelas ruas”, desabafa um familiar ouvido pelo Diário do Aço.

“O povo de Açucena, Felicina, Naque e Periquito sabe quem foram os assassinos, sabe quem foram os mandantes, ou o mandante, e sabe que a motivação foi política. A gota d’água foi uma ação de Lico para que fosse removida uma terra que tiraram de um corte de barranco em Felicina. O mandante, ou mandantes já tinham rixa com meu irmão, por causa de espaço político e decidiram eliminar a vida dele. Por que esse caso não é julgado e os responsáveis pela morte de Lico passem a pagar pelo que fizeram”?, indaga uma pessoa da família.

O inquérito foi concluído e o caso aguarda manifestação do Ministério Público, sobre oferecimento ou não da denúncia dos envolvidos no crime ao Judiciário.
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Comentários

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Elias

28 de outubro, 2024 | 14:44

“No juízo final tudo que tiver em oculto será revelado, o juízes vão dar conta de tudo perante jesus Cristo.”

Tião Marreta

27 de outubro, 2024 | 14:10

“Um país onde juiz vende sentença e a punição é aposentadoria compulsória, não tem como dar certo.
Deixarei um trecho da música do Raulzito:

Mamãe, não quero ser prefeito
Pode ser que eu seja eleito
E alguém pode querer me assasinar
Eu não preciso ler jornais
Mentir sozinho eu sou capaz
Não quero ir de encontro ao azar
Papai, não quero provar nada
Eu já servi à pátria amada
E todo mundo cobra a minha luz”

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