04 de novembro, de 2024 | 15:34

Homem que matou mulher a facadas na frente do filho é condenado a mais de 33 anos de prisão

Um homem que há nove anos assassinou sua companheira a facadas por não aceitar o fim do relacionamento, foi a julgamento pelo Tribunal do Júri da Comarca de Galileia, no Vale do Rio Doce e a pena foi fixada em mais de 33 anos de reclusão.

Ao fim da sessão do Tribunal do Júri, o promotor de Justiça, Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, que atuou no julgamento representando o Ministério Público de Minas Gerais, confirma que o réu Marcos Soares Rocha, foi condenado pela prática de feminicídio qualificado por motivo fútil e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

O promotor considerou o resultado uma vitória importante no combate à violência contra a mulher e aos crimes de feminicídio.

Entenda o crime
Segundo consta na denúncia oferecida com base na investigação da Polícia Civil, no dia 8 de novembro de 2015, no município de Divino das Laranjeiras, o sentenciado matou a vítima, sua companheira de 35 anos de idade à época dos fatos.

Segundo consta no processo, a vítima estava deitada no quarto de seu filho e o acusado, aproveitando-se da situação, efetuou inúmeros golpes de faca contra ela.

O autor do crime convivia em união estável com a ofendida e estava insatisfeito com o fato da vítima desejar o fim do relacionamento. Os desentendimentos agravaram-se porque o homem contratou despesas em nome da mulher.

“Extrai-se dos autos que Marcos comprou em estabelecimento comercial e contratou serviços de TV por assinatura, utilizando o nome e os documentos da vítima e, tal fato, levou a mulher a solicitar que ele não mais realizasse tais condutas”, detalhou.

O crime foi praticado no mesmo local em que se encontrava uma criança de 10 anos à época dos fatos, filha da vítima, que estava dormindo e acordou durante o ataque. Depois de presenciar o acusado desferindo diversas facadas em sua mãe, o menino saiu correndo à procura de socorro.

O Conselho de Sentença reconheceu a materialidade e autoria do crime e acolheu, em sua integralidade, as qualificadoras apontadas pelo Promotor de Justiça Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, e a condenação foi estabelecida no patamar de 33 anos e 7 meses de reclusão em regime fechado.

O processo tramitou perante a Vara Única da Comarca de Galileia e a condenação reflete uma vitória no combate aos crimes de violência doméstica e familiar e em menosprezo à condição de mulher.

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