12 de novembro, de 2024 | 15:27
Após baderna na final da Copa do Brasil, Arena MRV é interditada
Daniela Veiga/Atlético
Estádio foi marcado por confusão no jogo diante do Flamengo; invasão de campo, arremesso de objetos e bombas foram registrados

O Atlético foi punido provisoriamente pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) com a interdição da Arena MRV devido a incidentes na final da Copa do Brasil contra o Flamengo, incluindo um caso em que um fotógrafo foi atingido por uma bomba. Com isso, o Atlético terá que jogar em outro estádio e sem a presença de público. O clube tem dois dias para se manifestar no STJD.
O próximo jogo do Atlético como mandante está marcado para 20 de novembro, contra o Botafogo, pelo Campeonato Brasileiro. A diretoria ainda não decidiu onde será a partida. O clube afirmou que não teve a chance de exercer o direito de defesa e apresentará um pedido de reconsideração da decisão, alegando que tem adotado medidas de segurança na Arena MRV.
A medida do STJD determina a interdição imediata da Arena MRV até que o clube comprove ter adotado ações para garantir a segurança no local. A decisão será revisada pelo Pleno do STJD assim que as exigências forem cumpridas.
Foram apresentados documentos e vídeos que registram o arremesso de objetos e bombas no campo. Até o momento, não foi aplicada multa. O CEO do Atlético, Bruno Muzzi, afirmou que o clube tomou medidas de segurança durante o jogo contra o Flamengo, incluindo o aumento do efetivo de seguranças privados.
O Atlético será julgado com base nos artigos 211 e 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Se condenado, o time poderá ser obrigado a jogar a pelo menos 100 km da Arena MRV.
O clube ainda tem três jogos como mandante nesta temporada e está trabalhando na defesa jurídica, buscando identificar os responsáveis pelos incidentes, o que pode reduzir a pena. Caso a punição seja superior aos jogos restantes, ela poderá se estender para a próxima temporada.
Mudanças
Rubens Menin, um dos sócio-proprietários do clube, informou via mídia social que os protocolos serão revistos. "Iremos rever o acesso à esplanada e catracas, e acelerar a adoção da biometria facial, entre outras ações. Estamos atuando junto às autoridades para identificar os infratores, com o suporte das 351 câmeras instaladas. É um momento de reflexão e de mudanças profundas para evitar que situações assim se repitam. Não mediremos esforços para garantir que a Arena MRV seja um espaço absolutamente seguro para torcedores, profissionais e atletas. Que esse capítulo seja uma exceção na nossa trajetória”.
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