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15 de novembro, de 2024 | 10:00

O futuro onde máquinas pensam e humanos criam

Fernando Baldin *

Em um cenário de negócios cada vez mais competitivo e desafiador, as organizações buscam maneiras de se adaptar rapidamente às demandas do mercado e ao mesmo tempo manter a eficiência operacional. Nesse contexto, a automação de processos robóticos (RPA) surge como uma solução estratégica indispensável para empresas que desejam se manter à frente. Não se trata apenas de cortar custos ou aumentar a produtividade, mas de abraçar uma transformação digital mais profunda, onde a automação complementa e potencializa os esforços de digitalização. O RPA tem se mostrado uma peça central nessa revolução, atuando de forma integrada a outras tecnologias como o Business Process Management (BPM), criando um ecossistema digital altamente eficaz e inteligente.

A promessa da automação é, sem dúvida, empolgante. No entanto, para entender verdadeiramente seu impacto, é fundamental explorar como o RPA vai além das tarefas repetitivas e monótonas. Estamos falando de uma tecnologia que tem o poder de reconfigurar a forma como as empresas operam, eliminando silos organizacionais, permitindo fluxos de trabalho mais ágeis e fornecendo insights em tempo real sobre operações que antes eram complexas e difíceis de acompanhar. A verdadeira força do RPA está em sua capacidade de escalar e de transformar processos que antes eram manuais e propensos a erros em operações completamente automatizadas e precisas.

Um exemplo real e inspirador dessa integração pode ser visto em uma grande empresa do setor industrial que decidiu adotar uma abordagem ousada em sua jornada de automação. Processos manuais que antes demandavam horas de trabalho passaram a ser executados em poucos minutos, com uma precisão muito superior. Além disso, a empresa conseguiu integrar a automação em seu ecossistema digital, permitindo que diferentes áreas da companhia trabalhassem de maneira mais fluida e colaborativa. Isso não apenas aumentou a eficiência operacional, mas também liberou o potencial humano para focar em atividades mais estratégicas e inovadoras.

Como toda revolução tecnológica, a automação também traz desafios. Um dos principais é a questão da governança. À medida que as empresas adotam soluções de RPA em larga escala, a gestão desses processos automatizados torna-se cada vez mais complexa. É aqui que entra a importância de um plano de governança robusto, que garante não apenas a conformidade e a segurança, mas também a transparência e a accountability das automações.

Outro ponto crítico é a capacitação da força de trabalho. Muitas vezes, os colaboradores veem a automação com certo receio, temendo pela segurança de seus empregos. No entanto, empresas bem-sucedidas na adoção de RPA têm sido aquelas que investem no desenvolvimento de seus funcionários, transformando-os em facilitadores da automação, e não em vítimas dela. A verdade é que o RPA, quando implementado corretamente, não substitui o trabalho humano, mas o potencializa, liberando as pessoas para focar em atividades mais estratégicas e criativas.
“Não se trata apenas de cortar custos ou aumentar a produtividade, mas de abraçar uma transformação digital mais profunda, automatizada”


Além disso, o uso de inteligência artificial em conjunto com o RPA está expandindo as fronteiras do que pode ser automatizado. Com a IA, tarefas que antes eram consideradas fora do escopo da automação, como análise de dados complexos ou atendimento ao cliente, estão sendo incluídas no portfólio de processos automatizáveis. Isso significa que as empresas estão cada vez mais preparadas para lidar com as demandas crescentes do mercado sem perder de vista a qualidade e a personalização do serviço prestado.

O futuro da automação será marcado pela convergência de tecnologias. Não apenas veremos o RPA trabalhando lado a lado com o BPM e a IA, mas também com outras inovações emergentes, como o machine learning e o blockchain. Essa convergência criará um ambiente em que as empresas poderão operar com agilidade, adaptabilidade e inteligência sem precedentes. E isso não é um sonho distante, mas uma realidade que já começa a tomar forma em diversas indústrias.

Estamos apenas começando a explorar as possibilidades de uma economia amplamente automatizada. À medida que mais empresas embarcam nessa jornada, será crucial manter um equilíbrio entre ousadia e responsabilidade. A ousadia em testar os limites do que pode ser automatizado e a responsabilidade em garantir que essa transformação seja inclusiva, ética e sustentável.

Em última análise, o RPA não é apenas uma ferramenta tecnológica. É um catalisador para uma nova era de negócios, onde a eficiência, a inovação e a experiência do cliente estão no centro de tudo. Para aqueles que se adaptarem rapidamente, as recompensas serão grandes. Para aqueles que hesitarem, a lacuna de competitividade só tende a aumentar.

A automação está aqui para ficar, e o RPA é a chave para desbloquear o verdadeiro potencial dessa transformação. Ao integrar essa tecnologia com outras inovações, como o BPM e a IA, as empresas não apenas garantem sua relevância no mercado atual, mas também constroem uma base sólida para enfrentar os desafios futuros. O RPA é mais do que um avanço tecnológico, é a força motriz por trás de uma transformação empresarial contínua e sustentável.

* Formado em Relações Públicas, com Pós-graduação em Administração de empresas, há mais de 20 anos com Service Desk e Serviços de TI.

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