17 de novembro, de 2024 | 18:50

Familiares e amigos despedem-se nesta segunda-feira do músico Rubim do Bandolim

Reprodução
Rubim do Bandolim faleceu aos 58 anos de idade Rubim do Bandolim faleceu aos 58 anos de idade

Faleceu, neste domingo (17), o multi-instrumentista Rubens Miranda, o Rubim do Bandolim, como era conhecido no mundo da música. Amigos informaram ao plantão da reportagem do Diário do Aço que, aos 58 anos, Rubim se tratava de um câncer no intestino e estava internado no Hospital de Timóteo devido a complicações da covid-19 e pneumonia. Seu quadro de saúde agravou-se e evoluiu para óbito neste domingo.

Rubim do Bandolim era um renomado multi-instrumentista, compositor, arranjador e professor. O músico era uma referência no chorinho, ritmo musical que era sua paixão, participando até mesmo do grupo Mistura Fina, referência até os dias atuais. Ele também tocou em várias bandas regionais. Durante quatro décadas de carreira, influenciou gerações de músicos no Vale do Aço e em Minas Gerais.

A família confirmou que o velório será nesta segunda-feira (18), a partir das 8h30, no Cemitério Jardim da Saudade, no bairro Santa Maria, em Timóteo, onde será sepultado.

A morte de Rubim do Bandolim deixou em luto o mundo da música no Vale do Aço. Entre as manifestações de pesar está a do músico e jornalista Jefferson Rocha. Confira o depoimento de Jefferson na íntegra:

"O Rubim do Bandolim é um mestre, um professor que já tive a oportunidade de dividir o palco, fazer vários projetos e bailes juntos, além de carnavais. Eu tinha um projeto de forró pé de serra que ele já participou comigo também, o Cangaia de Aço. Ele fez uma participação especial com sua guitarra baiana, com seu bandolim. Eu participei da live dele, ‘a música e a amizade'. O Rubim era um daqueles mestres que, além da técnica apurada, além da musicalidade, além da arte que transpirava dele com facilidade incrível, tinha uma humildade que era peculiar, era particular dos grandes mestres. Era extremamente generoso no palco. O músico generoso é muito raro nesse meio. Ele se fazia feliz quando via que o outro acertava. Ele parecia que não era deste mundo. Um pelé do bandolim. Eu tenho muito orgulho de chamá-lo como amigo e muito orgulho de ter dividido o palco com ele, e mais orgulho ainda de ser fã e admirador do seu trabalho. Ele agora está tocando nas nuvens, num lugar que eu acho que era o único pedestal que o Rubim ainda não tinha alcançado. Ele agora é o músico das nuvens. Vá em paz. Descanse em paz, Rubim do Bandolim".

O também músico Marcos Flávio lamentou a morte de Rubim e disse que se sente honrado em ter compartilhado o mundo da arte com o músico, com quem gravou músicas em mais de uma ocasião: Gravamos vários Cds e tocamos juntos por vários anos. Em 2005 ele emprestou todo seu talento para meu CD Chorobone... Ô sorte! Rubim é um dos músicos mais geniais que tive o prazer de conviver. Que Deus possa confortar seus amigos e familiares nesse momento tão difícil.... , concluiu na menasgem poostada em um perfil público do músico.

A mais recente obra musical de Rubim do Bandolim pode ser conferida no 🎵Spotify.

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Comentários

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Natal

18 de novembro, 2024 | 20:24

“Com grande pesar, uma pessoa maravilhosa um ser humano de uma grandeza inconfundível, o Rubim. Conheci ele pelos anos 1982 para frente, andava o dia inteiro com um bandolim e um cavaquinho pelas ruas do bairro Garapa e Vila dos Técnicos na Acesita. Eu e o Caburé (Vicente) tocamos na época em alguns bares como Crias Bar, bar do João, do Quinzinho, Sobradão e outros. Vai com Deus amigo, você foi brilhante.”

Luiz Omar

18 de novembro, 2024 | 19:58

“Tive diversas vezes o prazer de divulgá-lo e somadas ao prazer a alegria e a felicidade em assistí-lo. Um gênio, instrumentista e músico como poucos, talento divino e abençoado. À sua família externo os meus sentimentos e oro a Deus sua benção e conforto. O mundo mais triste, sem ritmo e sem harmonia. Ganha o Céu a musicalidade e a geniosidade e nós a saudade desafinada da partida !”

Marcelo Gomes

18 de novembro, 2024 | 10:12

“Rubin do bandolim foi um dos primeiros músicos em que tive a oportunidade de dividir palcos após minha chegada do Rio de Janeiro. Com certeza ele era um gênio de tanta musicalidade que tinha,e pessoa simples de convívio.”

Falo Mesmo

18 de novembro, 2024 | 07:31

“Um grande músico, sem dúvida. O Vale do aço tem o costume de não reconhecer, como deveria, determinados talentos, como o Rubim do Bandolim e tantos outros nomes da cultura e das mais variadas profissões. Na contramão da razão, temos outras pessoas que nada produzem de útil e passam a vida toda apenas na bajulação, tratadas como importantes. O mérito de quem domina a arte da enganação é a consciência intranquila.”

Tião Marreta

17 de novembro, 2024 | 22:05

“Como fosse um par, e nessa valsa triste
Se desenvolvesse ao som dos bandolins
E como não? E por que não dizer
Que o mundo respirava mais se ela apertava assim?
Seu colo e como se não fosse um tempo
Em que já fosse impróprio se dançar assim
Ela teimou e enfrentou o mundo
Se rodopiando ao som dos bandolins
Como fosse um lar
Seu corpo a valsa triste iluminava
E a noite caminhava assim
E como um par, o vento e a madrugada
Iluminavam a fada do meu botequim
Valsando como valsa uma criança
Que entra na roda, a noite tá no fim
Ela valsando, só na madrugada
Se julgando amada ao som dos bandolins
Ao som dos bandolins
Ao som dos bandolins”

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