26 de novembro, de 2024 | 15:30
Caravana de cinema no Parque Ipanema estreia O Pássaro”
Fotos: Instituto Marlin Azul/Divulgação
Histórias reais ou inventadas estão no Curta Vitória Minas III
A caravana de cinema do projeto Curta Vitória a Minas III desembarca em Ipatinga, nesta quarta-feira (27), para lançamento do filme O Pássaro”, de Luzia Di Resende. A atriz e produtora cultural é uma das autoras e autores de histórias reais ou inventadas selecionadas em cidades do entorno da Estrada de Ferro Vitória-Minas para serem transformadas em filmes. O destaque especial da sessão gratuita ao ar livre traz uma reflexão sobre a vida, a morte, o tempo e suas imprevisibilidades. A exibição acontecerá às 19h30, no galpão do Parque Ipanema.Histórias reais ou inventadas estão no Curta Vitória Minas III
Desde a quinta-feira passada, 21/11, e até o próximo dia 3 de dezembro, o caminhão-cinema equipado com uma estrutura com telona de 8x6 metros, projetores, sistema de sonorização e cadeiras para acomodar os espectadores visita algumas cidades capixabas e mineiras para exibir as obras de curta-metragem com roteiro, direção e produção das autoras e dos autores das histórias selecionadas. A próxima parada na região será nesta quinta-feira (28), às 19h30, no estacionamento da Prefeitura de Coronel Fabriciano, para exibição do curta Mundaréu”, de Ana Paula Gonçalves Pires.
Imaginário popular
A atriz e diretora ipatinguese Luzia Di Resende inventou um conto inspirado no imaginário popular e escolheu contar esta história a partir do olhar curioso de uma criança de 10 anos. As inspirações nascem também das lembranças da autora dos tempos antigos da casa onde cresceu ao lado dos pais e dos irmãos. A trama acontece a partir do sonho da garota com o pássaro de bico vermelho cuja aparição anuncia a morte de alguém próximo. As coisas se passam no período de um dia em que ela busca descobrir quem será a vítima do agourento”, descreve a assessoria da produção.
No lugar da amargura, do pavor e da dor comuns ao tema, a autora utilizou elementos do realismo mágico para tecer o enredo em que a morte brinca com seu próprio ser ousado, atrevido e inesperado. Os objetos de cena, os figurinos, as mobílias e os cenários formam composições não naturais para realçar a fusão da realidade com o mágico. Tudo é colorido, com prevalência dos tons exuberantes e dos grandes contrastes. As escolhas fotográficas relacionadas às lentes, aos enquadramentos e à iluminação completam a composição deste universo simbólico habitado pelo invisível.
O processo criativo é uma espécie de química, uma combinação de elementos que resultam na obra de arte. Tirar da horizontalidade do papel e verticalizar uma história como filme foi um processo criativo intenso, com muitos elementos e parcerias. Cada elemento como criar roteiro, pensar locação, figurinos, cenários, atores, ensaios, gravações e edição foi um processo criativo. Estou muito realizada com essa obra e acredito que o público vai gostar muito. Além de tudo tem a identificação dos artistas locais, dos amigos. Essa identidade com a comunidade é muito forte!”, destaca Luzia Di Resende. O projeto Curta Vitória a Minas III tem patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, apoio local da Prefeitura de Ipatinga e realização do Instituto Marlin Azul e Ministério da Cultura.
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