27 de novembro, de 2024 | 17:30

Filme conta a aventura de família de Fabriciano para conhecer o mar

Fotos: Instituto Marlin Azul/Divulgação
Curta Vitória a Minas estreia filme de Coronel Fabriciano: valorização do territórioCurta Vitória a Minas estreia filme de Coronel Fabriciano: valorização do território
Era o início dos anos 70 quando o empreiteiro de carvão José Constantino Gonçalves, a dona de casa Maria Nogueira Gonçalves e seus oito filhos viveram uma aventura para conhecer a praia. A história contada pela arquiteta Ana Paula Gonçalves Pires, de Coronel Fabriciano, acaba de virar o filme “Mundaréu”, que será apresentado na telona de cinema ao ar livre durante o Circuito de Exibição do Curta Vitória a Minas III. A estreia com sessão gratuita será, nesta quinta-feira (28), às 19h30, no estacionamento da Prefeitura de Coronel Fabriciano.

Depois de estacionar no Parque Ipanema, em Ipatinga, para exibição do filme “O Pássaro”, na noite de quarta-feira, o caminhão-cinema equipado com telona de 8x6 metros, projetores, sistema de sonorização e cadeiras para acomodar os espectadores chega a Coronel Fabriciano, no percurso de cidades capixabas e mineiras contempladas no projeto. Até o dia 3 de dezembro, as obras de curta-metragem com roteiro, direção e produção das autoras e autores das histórias locais selecionadas estão na programação.

“O objetivo é possibilitar aos moradores das cidades ao longo da Estrada de Ferro Vitória a Minas a oportunidade de contar histórias e transformar em filme, registrando as memórias, os costumes, os hábitos, as lendas e as peculiaridades destas localidades, contribuindo para o fortalecimento territorial e comunitário”, ressalta a assessoria do projeto.

"Mundaréu": fatos reais
A autora fabricianense Ana Paula criou um conto inspirado em fatos reais para resgatar a saga vivida por sua família para desbravar o mar. Como naquela época ninguém da casa sabia como era um passeio até a praia, a notícia despertou a curiosidade, o espanto e a empolgação. Dali por diante, o alvoroço tomou conta da turma que passou a respirar os preparativos para o grande passeio.

História real típica contada de forma leve e divertidaHistória real típica contada de forma leve e divertida
A turma de filhos era composta por Maria das Graças (18 anos); José Daniel, o Zezé (17 anos); Vera (14 anos); Fátima (13 anos); Mário (12 anos); Maurício (11 anos); José Constantino, o Tantino (9 anos), e a Luciene, a Tuca (8 anos). Havia ainda a Renata, no ventre da mãe. Para encarar uma viagem com oito filhos para um lugar desconhecido e cercado por mistérios, Zé Constantino e Maria Nogueira organizaram de modo minucioso cada detalhe do passeio.
O plano era o seguinte: Dona Maria e os filhos fariam a viagem de trem no mesmo dia em que Seu Zé Constantino sairia de Kombi com a maior parte da bagagem, os utensílios e os mantimentos necessários para a longa estadia na praia. No princípio, antes das ondas do mar, a família costumava se juntar para uma farofa animada nas lagoas da região do Parque Estadual do Rio Doce. A turma se preparava agora para conhecer as águas salgadas da Barra do Riacho, no litoral de Aracruz, numa época de ondas bravias e perigosas. Imaginem o que esta turma não aprontou até chegar ao litoral?!

“Quando enviei a história e fui selecionada, não imaginava a imensidão de situações que iria viver para tornar o meu filme uma realidade. A imersão audiovisual, a construção do roteiro, o aprendizado sobre as técnicas e todo o cuidado com a produção, o estudo do figurino, a escolha das locações e dos objetos de cena, a preparação e a entrega dos atores, as falas de uma família grande, a valorização do trejeito e do companheirismo do mineiro com o outro, e toda uma rede de parceiros, tudo isso contribuiu para a realização do filme. ‘Mundaréu’ é um monte de gente feliz por realizar este projeto. Outra situação muito feliz nesta experiência foi a edição do filme: como se constrói a obra, como se escolhe cada cena, cada música que tem a ver com aquele personagem ou com o momento que ele está vivendo. A montagem trouxe uma preciosidade que não tenho como expressar. Tudo isso está no filme de uma forma divertida e leve. Estou muito ansiosa e espero que todos consigam se divertir com as aventuras desta família”, destaca a diretora.

Depois da parada em Coronel Fabriciano, o caminhão-cinema segue o percurso em direção a Nova Era (29/11) e João Monlevade (3/12). Em cada sessão, a comunidade assiste ao filme do lugar e a obras feitas por outros autores e autoras selecionados pelo projeto. O Curta Vitória a Minas III tem patrocínio do Instituto Cultural Vale por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, apoio local da Prefeitura de Coronel Fabriciano e realização do Instituto Marlin Azul e Ministério da Cultura. Mais informações no site: www.curtavitoriaaminas.com.br.
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