29 de novembro, de 2024 | 08:20
Maior felino das Américas, onça-pintada resiste no Vale do Aço
Divulgação
Vestígios de onças no entorno do Perd continuarão existindo, mas animal não costuma atacar pessoas
Por Silvia Miranda - Repórter Diário do Aço Vestígios de onças no entorno do Perd continuarão existindo, mas animal não costuma atacar pessoas
Símbolo de força e poder, considerado o maior carnívoro da América do Sul e o terceiro maior felino do mundo, a onça-pintada sofre com a perseguição humana, o que tem causado a redução de sua população. A caça desse animal é crime ambiental, mas ainda ocorre em todo o país. O felino vive em grandes áreas preservadas e, na região do Vale do Aço, pode ser encontrado na Mata Atlântica do Parque Estadual do Rio Doce (Perd), cuja área abrange os municípios de Dionísio, Marliéria e Timóteo.
Nesta sexta-feira (29), celebra-se o Dia Nacional da Onça-pintada. A data foi oficializada por meio de uma portaria do Ministério do Meio Ambiente (MMA), em 16 de outubro de 2018, com o objetivo de unir esforços em ações de divulgação sobre a importância ecológica, econômica e cultural da espécie. A portaria também declarou a onça-pintada como símbolo brasileiro da conservação da biodiversidade.
A onça-pintada é o único representante do gênero Panthera que inclui leões, leopardos e tigres no continente americano. Esses felinos são carnívoros predadores de grande porte, podendo chegar a 130 quilos na região do Pantanal. Contudo, na Mata Atlântica, as onças-pintadas são menores e mais leves, alcançando pesos próximos de 80 ou 90 quilos, conforme explica Fernando César Cascelli de Azevedo, professor do Departamento de Ciências Naturais da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ).
"A maioria das onças está no Brasil. Não sabemos exatamente quantas existem, pois a maior parte da população está na Amazônia e transita entre os países que compõem o bioma amazônico. No Brasil, elas ocorrem nos biomas Amazônico, Pantanal, Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica", explica.
Fernando César destaca as ameaças que esses felinos enfrentam, o que tem provocado a redução da espécie. "Principalmente a perda e fragmentação de hábitats, a perseguição humana em decorrência da predação de gado e a caça furtiva da onça e de suas principais presas têm diminuído a população das onças-pintadas. Não sabemos precisamente o quanto houve de redução nas populações recentemente, mas sabemos que as onças-pintadas ocupam menos de 50% da sua distribuição histórica", alerta.
Pesquisas de campo
Há 12 anos, o professor conduz pesquisas de campo sobre as onças-pintadas no Parque Estadual do Rio Doce. O Projeto Onças do Rio Doce estima que há no parque nove adultos e três filhotes. O objetivo é ampliar o entendimento sobre a espécie e contribuir para sua conservação. "As pesquisas ajudam a identificar os tamanhos populacionais, as principais ameaças locais e possíveis soluções para minimizar as perdas de indivíduos, sobretudo em casos de predação de animais domésticos", explica.
Risco de ataque
Conforme noticiado pelo Diário do Aço, a presença de onças em comunidades no entorno do Perd costuma assustar moradores e sitiantes. Embora a caça seja crime ambiental, ainda é praticada no país. Fernando César esclarece que a presença de onças ou vestígios delas no entorno do parque é normal e continuará ocorrendo enquanto houver estabilidade da população dentro da unidade de conservação.
"As onças não permanecem o tempo todo dentro do parque. Elas usam áreas do entorno para se deslocar e caçar. O risco de um ataque de onça contra pessoas é muito pequeno. Normalmente, elas evitam a presença humana. No entanto, é importante não tentar se aproximar do animal, especialmente se ele estiver se alimentando ou acompanhado de filhotes", orienta.
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Peneira
29 de novembro, 2024 | 13:11A marta do Parque do Rio Doce passa no bairro Amaro Lanari em coronel Fabriciano , fica a menos e 15 metros da outra parte do rio, então pode ser considerado que ela abrange Cel Fabriciano também”
Justo
29 de novembro, 2024 | 09:43Se uma onça desta bater de frente com minha ex ia ser uma briga boa”