04 de dezembro, de 2024 | 21:17

Ação do MPMG pede a suspensão de veiculação de conteúdo promovido por falso médico em sites e mídias sociais

Com informações da Assessoria de Comunicaçao do MPMG
Agência Diário do Aço
Os promotores de Justiça Rafael Pureza Nunes da Silva, da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde de Ipatinga, e Reinaldo Pinto Lara, da Coordenadoria Regional de Defesa da Saúde do Vale do Aço, avaliam que a estratégia de marketing aplicada pelo falso médico consiste em um ciclo de transmissão de informações falsas para reforço e ganho de credibilidade da sua conduta ilícitaOs promotores de Justiça Rafael Pureza Nunes da Silva, da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde de Ipatinga, e Reinaldo Pinto Lara, da Coordenadoria Regional de Defesa da Saúde do Vale do Aço, avaliam que a estratégia de marketing aplicada pelo falso médico consiste em um ciclo de transmissão de informações falsas para reforço e ganho de credibilidade da sua conduta ilícita

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) propôs Ação Civil Pública (ACP) para que seja suspensa a veiculação de conteúdos de sites, redes sociais e comunidades do WhatsApp de falso médico, proprietário da empresa DWL Brasil – Produtos Naturais Ltda. O produto é amplamente oferecido na internet e tem divulgação também no Vale do Aço, de onde partiu a ACP.

Conforme apurado, o homem que se apresenta como doutor em Medicina Integrativa, mas na verdade não possui formação nem registro profissional, oferece em sites e redes sociais consultas nas quais dá orientações sobre protocolo de limpeza do fígado, que teria o poder de curar diversas doenças.

O protocolo indicado pelo falso médico consiste na ingestão de vinagre de maçã, água, sal amargo, suco de laranja, suco de limão e azeite de oliva puro, além da prática de jejum. Segundo ele, o “segredo” seria tomar o líquido indicado e se “deitar com o fígado para baixo”, para que o azeite não vá para o tubo digestivo. Além disso, comercializa produtos como o Kit Limpeza Hepática, Fi.Lim e Biotic Plus, supostos suplementos alimentares que prometem potencializar a limpeza do fígado.

O falso médico atua em redes sociais como Facebook, Instagram e YouTube, onde tem milhares de seguidores e promove o suposto sucesso de seu protocolo, anunciando a existência de diversos grupos de mensagens no WhatsApp. A conduta ilícita e nociva à saúde da coletividade possui ramificações nos estados de Minas Gerais, Bahia, Amazonas, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Mato Grosso e Paraná, além da cidade de Lisboa, em Portugal.

Segundo os promotores de Justiça Rafael Pureza Nunes da Silva, da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde de Ipatinga, e Reinaldo Pinto Lara, da Coordenadoria Regional de Defesa da Saúde do Vale do Aço, a estratégia de marketing aplicada pelo falso médico consiste em um ciclo de transmissão de informações falsas para reforço e ganho de credibilidade da sua conduta ilícita. “Desse modo, por meio da propaganda do título (falso) de médico e de suas especializações no ramo da medicina, angariava clientes (vítimas), inclusive por meio do anúncio da quantidade e de “feedback” de clientes (vítimas) atingidos pelos anúncios e já aderentes ao referido protocolo. Assim, tal estratégia servia de propaganda para novas adesões e reforço positivo dos pseudo-efeitos benéficos obtidos, mecanismo que se retroalimentava”.

Parecer da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que a veiculação da publicidade pelo réu, ao ressaltar as propriedades terapêuticas dos produtos, era irregular e danosa. Parecer técnico-médico juntado ao inquérito afirmou que o protocolo indicado pelo falso médico representa risco à saúde dos usuários, podendo, por exemplo, retardar ou interferir no tratamento de doenças graves ou levar a uma hipoglicemia severa, com risco de morte.

A ação requer a concessão de liminar para suspender todos os conteúdos veiculados em sites, redes sociais e comunidades do WhatsApp do falso médico e para determinar a indisponibilidade de ativos financeiros, veículos e imóveis em nome dele. Pede ainda que, ao final, o réu seja condenado ao pagamento de danos morais coletivos, a ser fixado em montante não inferior R$ 500 mil.

Além da Ação Civil Pública, o MPMG também ofereceu denúncia contra o mesmo homem pelos crimes de exercício ilegal da medicina, charlatanismo e curandeirismo, previstos nos artigos 282, 283 e 284 do Código Penal.
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Comentários

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Izabel Cristina Paschoal Zaniboni

06 de dezembro, 2024 | 06:44

“Eu sentia muitas dores pelo corpo, tinha asma, pansinusite, respirava pela boca, nariz sempre entupido, hoje tenho qualidade de vida, isso graças a limpeza hepática, hoje não gasto um só centavo na farmácia, os médicos não tem interesse no paciente, nem olha na nossa cara, não pede um exame médico, saímos do consultório com uma lista( receita) cheia de remédios com efeitos colaterais absurdos, realmente vão cair em cima do protocolo, todos querem uma população doente e refém dos médicos, farmácias, laboratórios, hospitais....”

Raynara

05 de dezembro, 2024 | 13:26

“Já fiz a limpeza do fígado e vesícula mais de 6 X e vcs querem acreditar no que os médicos q não tem medicina naturopata, os donos de farmácia acham bom quando uma pessoa cheias de dores vai na farmácia e enche o bolso dele e os Doutores q NÃO TEM PENA do bolso dos pobres querem msm o dinheiro se não ter morre se não fizer cirurgia... eu fiz mais de 6 limpeza e não me arrependo nem um fio de cabelo nem tudo q se vê na Internet é mentira”

Observador

04 de dezembro, 2024 | 22:09

“Só digo uma coisa, senhores Antonio e Tião, esses influenciadores estão levando muita gente pro buraco. Semana passada encontrei um antigo colega de trabalho que perdeu dinheiro com um deles. Vai vendo. É aquela antiga situação. Todo dia sai um bobo e outro esperto de casa. Quando os dois se encontram, sai um "negócio".”

Tião Marreta

04 de dezembro, 2024 | 22:06

“Tá cheio de blogueiro e blogueiras vendendo inibidor nas redes sociais . Basta ir nas redes sociais e ver. Talvez vendem inibidores de contem metanfetamina tipo sibutramol ou fremproprex. Vamos investigar.”

Antonio

04 de dezembro, 2024 | 21:50

“Ainda tem quem caia neste golpe? Está na cara que isso é pilantragem.”

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