06 de dezembro, de 2024 | 17:05

Ipatinga tem 1.280 vagas em novo projeto esportivo de inclusão social

A administração de Ipatinga, em parceria com a Liga de Esportes Especializados de Ipatinga (Liespe), ofertará mais 1.280 vagas em várias modalidades do Projeto Esporte e Cidadania no Vale do Aço, mantido com recursos federais indicados por emenda parlamentar. Foram repassados à Liespe cerca de R$ 6 milhões para o fomento ao esporte em quatro cidades da região, com o prazo de execução até agosto de 2026, nos próximos dois anos, informou o governo.

O Projeto da Liespe foi criado para desenvolver atividades permanentes de promoção da saúde e prevenção do sedentarismo, por meio de oficinas de vôlei, basquete, handebol, futsal, futebol de campo, judô, karatê, ginástica para adultos e idosos e atividades para pessoas com deficiência. O projeto terá grande alcance em Ipatinga, com a disponibilização de 1.280 vagas. Para Coronel Fabriciano e Timóteo, são 720 vagas, e para Santana do Paraíso, 320.

O objetivo do projeto, segundo Ildeu Pereira, presidente da Liespe, é promover a inclusão e o desenvolvimento social por meio da prática esportiva. “Estamos comprometidos em oferecer oportunidades para todas as pessoas, inclusive deficientes, com idades acima de sete anos, especialmente moradores em áreas de maior vulnerabilidade social. Todos vão receber dois uniformes completos para praticarem seus esportes. Pelos nossos cálculos, o projeto vai impactar na vida de aproximadamente 12 mil pessoas, distribuídas entre 2.320 alunos, 65 profissionais e estagiários, beneficiando ao todo aproximadamente 9 mil famílias”, destacou Ildeu Pereira.

Núcleos e oficinas
Em Ipatinga, os núcleos e oficinas vão atender alunos na quadra e campo do Barra Alegre, quadra do Limoeiro, Escola Estadual Almirante Toyoda (Cariru), Escola Estadual Dom Helvécio (Bela Vista), Escola Estadual Elza de Oliveira Lage (Chácaras Madalena), Escola Municipal Vilma de Faria Silva (Bethânia), Escola Municipal Deolinda Tavares Lamego (Bethânia), Associação União de Defesa da Comunidade do Bom Jardim – UDCBJ (Bom Jardim), campo do Jabaquara (Bom Retiro), quadra da Edefa (alto do Canaãzinho) e campo do Esperança/Rio Branco (Esperança).

Movimento
Três meses após a implantação, o Projeto Esporte e Cidadania já começa a fazer diferença na vida dos atletas, seja entre crianças ou idosos. É o caso, por exemplo, do atleta Gustavo Dutra, 9 anos, que deixou de lado (temporariamente) a mania de fazer gols com os pés para se dedicar a uma nova modalidade, o handebol, jogado com as mãos. Por sua vez, a atleta Ana Aparecida de Oliveira, que começou suas atividades esportivas aos 52 anos, hoje pratica futsal, handebol, corrida de rua e algumas provas de atletismo, tamanha a sua empolgação com a oportunidade de praticar exercícios.

“Em pouco tempo, o projeto está complementando minha vida. Melhorei meu condicionamento físico, fiz mais amizades e estou aprendendo a ser pontual com minhas obrigações”, revelou Gustavo, que nunca imaginou jogar handebol. “Indico o projeto para qualquer pai de família que tem filhos, pois ele pode salvar as novas gerações. Graças ao esporte, tenho uma rotina intensa. Hoje eu sei que, para ter saúde mental, a gente tem que se manter em movimento”, ensina Ana Aparecida, que completa 60 anos de idade no próximo dia 9 de dezembro.