08 de dezembro, de 2024 | 08:30

Dados do SUS apontam queda em registros de novos casos de aids na RMVA

Marcello Casal / Agência Brasil
O Dezembro Vermelho marca uma grande mobilização nacional na luta contra o vírus HIV, a Aids e outras ISTsO Dezembro Vermelho marca uma grande mobilização nacional na luta contra o vírus HIV, a Aids e outras ISTs
Por Matheus Valadares - Repórter Diário do Aço
O número de casos de pessoas residentes na Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA) diagnosticadas com aids – doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV é a sigla em inglês) – diminuiu em 2023, quando comparado ao ano anterior.

No ano passado, foram notificados 25 casos, conforme estatísticas do Ministério da Saúde (MS), enquanto em 2022 foram registrados 41 novos casos, o que representa uma diminuição de 39,02%. Em 2021 também houve 41 casos de pessoas infectadas com aids na região.

Os números foram extraídos pelo Diário do Aço a partir da plataforma TabNet, uma ferramenta de tabulação desenvolvida pelo DATASUS que permite tabulações da base de dados do Sistema Único de Saúde (SUS). Vale ressaltar que não há números atualizados de 2024. Conforme o painel, os números foram consolidados até 30/06/2023, e a página atualizada em 30/11/2023.

Neste mês é celebrado o Dezembro Vermelho, que marca uma grande mobilização nacional na luta contra o vírus HIV, a aids e outras ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), chamando a atenção para a prevenção, a assistência e a proteção dos direitos das pessoas infectadas com o HIV.

Dados por município
Em 2023, 18 moradores ipatinguenses foram diagnosticados com aids, segundo os dados do MS, enquanto em 2022 foram 24 e em 2021 foram 19. Coronel Fabriciano, segundo município mais populoso da região, não teve casos registrados no ano passado. Tanto em 2022, quanto em 2021, foram 9 novos casos.

Timóteo teve 6 diagnósticos em 2023 e em 2022, cada, enquanto em 2021 foram 9 pessoas infectadas com aids contabilizadas pelo SUS. Por fim, Santana do Paraíso teve 1 caso no ano passado, 2 em 2022 e 4 em 2021.

Prevenção da HIV/aids
O uso do preservativo (masculino ou feminino) em todas as relações sexuais (orais, anais e vaginais) é o método mais eficaz para evitar a transmissão das IST, do HIV/aids e das hepatites virais B e C.

Os pacientes soropositivos, que têm ou não aids, podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.

Diagnóstico
O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue venoso ou digital (ponta do dedo), para realização de testes rápidos ou laboratoriais que detectam os anticorpos contra o HIV. Com os testes rápidos é possível obter um resultado em cerca de 30 minutos.

“A maioria das pessoas infectadas pelo vírus HIV são assintomáticas nos primeiros anos da infecção. Passam por longos anos, de 5 até 10 anos, sem manifestar nenhum sinal e sintoma relacionado à infecção. Dessa forma, a testagem regular, sobretudo de pessoas que apresentam comportamentos de risco com maior vulnerabilidade à exposição ao vírus, é essencial para um diagnóstico precoce e um tratamento oportuno, cortando assim a cadeia de transmissão”, afirma Pedro Mendes, médico infectologista da Fundação São Francisco Xavier (FSFX).

Tratamento
Todas as pessoas diagnosticadas com HIV têm direito a iniciar o tratamento com os medicamentos antirretrovirais, imediatamente, e, assim, poupar o seu sistema imunológico. Esses medicamentos (coquetel) impedem que o vírus se replique dentro das células T CD4+ e evitam, assim, que a imunidade caia e que a aids apareça.

Uso da Profilaxia pré e pós-exposição
Uma das formas de se prevenir contra o HIV é fazendo uso da PrEP, método que consiste em tomar comprimidos antes da relação sexual, que permitem ao organismo estar preparado para enfrentar um possível contato com o HIV. Como medida de prevenção de urgência para ser utilizada em situação de risco à infecção pelo HIV, também existe a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), que consiste no uso de medicamentos ou imunobiológicos para reduzir o risco de adquirir a infecção. A PEP deve ser utilizada após qualquer situação em que exista risco de contágio, como violência sexual, relação sexual desprotegida ou acidente ocupacional.

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