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19 de dezembro, de 2024 | 17:46

Presidente da Usiminas faz balanço anual e fala das perspectivas para 2025

Siderúrgica planeja investimentos importantes para aumentar a eficiência operacional, manter a competitividade e garantir a diminuição de emissões de gases de efeito estufa

Matheus Valadares
Marcelo Chara admitiu preocupação com a sequência de importação de aço pelo Brasil e aponta contexto global de proteção aos mercados internos Marcelo Chara admitiu preocupação com a sequência de importação de aço pelo Brasil e aponta contexto global de proteção aos mercados internos
Por Matheus Valadares - Repórter Diário do Aço
O presidente da Usiminas, Marcelo Chara, apresentou na tarde desta quinta-feira (19) um balanço em números do ano de 2024 da siderúrgica, além de apontar o cenário atual e as perspectivas para o próximo ano.

A exibição abordou a situação atual do mercado nacional e estrangeiro, e tocou em temas como a alta do câmbio, taxa de juros elevada e crise no setor automotivo europeu e importação. Em relação a perspectivas de 2025, o executivo afirma que a expectativa é que o país cresça, mas com preocupações devido à desvalorização do real e à alta taxa de juros.

Chara classificou o ano como positivo e destacou que os avanços nos processos operacionais permitem que a Usiminas continue competitiva no mercado. Assista a coletiva completa no fim da reportagem.

“O processo de melhoria contínua traz eficiência operacional Industrial, pelo qual estamos confiante para enfrentar todos os desafios que temos pela frente, além de ter acompanhado o desempenho da indústria, acompanhando o crescimento do PIB. Nós também estamos contentes por ter feito importante esforço no desempenho ambiental, em que conseguimos incorporar práticas, incorporar a tecnologia e conseguido aprofundar em todo nosso processo industrial para reduzir nossa emissão de gases”, garantiu Marcelo Chara durante coletiva de imprensa.

Sobre a importação do aço da China, Marcelo Chara afirmou que permanece como uma preocupação, pois ainda há muitas importações de aço, com suspeita de ser subsidiado, o que gera uma concorrência desleal com quem produz aço no Brasil. “É importante a ação do governo, com o qual trabalhamos em colaboração com o Instituto Aço Brasil. Foi estabelecido um sistema de cotas-tarifas que, durante alguns meses de operação, já se mostrou realmente ineficaz para desacelerar o ritmo das importações. E isso é preocupante porque a entrada de produtos subsidiados, a preços subsidiados, forma uma concorrência que deprime o mercado e o que está entrando é expressivo e representa a produção de uma Usiminas”, detalhou.

Chara também destacou preocupações com a guerra na Ucrânia, conflito no Oriente Médio e tensões que existem em diferentes setores na Ásia, como fatores que influenciam no comércio internacional. “Tanto os Estados Unidos como a Europa e outros países ocidentais começam a fechar o seu comércio ou a colocar limite no processo de importação para defender a sua produção. Aquelas regiões que não se defendem são uma espécie de atrativo para as exportações chinesas, que são cada vez mais agressivas”, pontuou.

Novos investimentos
Na apresentação, foi informado que a partir do próximo ano o parque solar fotovoltaico, instalado no município de Jaíba, no Norte de Minas, entrará em funcionamento, fornecendo uma autoprodução de 30 megawatts médios (MWm) de energia renovável. Isso será possível devido a uma parceria firmada entre a Usiminas e a Canadian Solar, em um contrato de 15 anos.

Também para 2025 está previsto o início da operação da nova planta de PCI do alto-forno 3. A expectativa é que até o fim do ano o novo mecanismo esteja em pleno funcionamento. A unidade irá oferecer à Usiminas a diminuição de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e os custos operacionais. A planta permite que seja injetado mais carvão pulverizado no alto-forno, reduzindo o volume de coque aplicado no equipamento. O investimento foi de R$ 600 milhões e gerou cerca de 700 empregos.

Já em 2026 deve ser concluída a reforma da Coqueria 2. Para esta obra, a previsão é de um aporte de aproximadamente R$ 950 milhões, além da geração de 600 empregos diretos. A modernização teve início em 2024, e a conclusão irá garantir o aumento da vida útil do equipamento e da produção de coque próprio.

Para além disso, a Usiminas calcula que entre janeiro e novembro, foram investidos R$ 1,4 bilhão em compras de materiais e serviços em empresas da região, além de gerar R$ 53 milhões em Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) ao município de Ipatinga. A siderúrgica também teve impacto na geração de 17 mil empregos diretos e contratados.

Investimentos ambientais
No que tange ao cuidado com o meio ambiente, o presidente da Usiminas mostrou que foram investidos R$ 368 milhões com a substituição de equipamentos ambientais; melhoria da captação de sistemas ambientais existentes; substituição dos lavadores de gás - Área de matérias-primas do AF 3 e por filtro de mangas jato pulsante; rebalanceamento e atualização tecnológica do sistema de despoeiramento; cobertura nas pilhas de carvão (em teste); e revamp dos sistemas OG na Aciaria 2.

Atuação nas comunidades
Em números, o balanço que a Usiminas faz é que neste ano foram investidos mais de R$ 8,7 milhões em cultura, esporte e social; desenvolvidos 41 projetos no Vale do Aço; cerca de 361 mil pessoas beneficiadas pelos projetos (espaços próprios e de terceiros); 560 visitantes na Usina de Ipatinga por meio do programa Usiminas de Portas Abertas; e foram promovidos mais de 200 encontros com a sociedade do Vale do Aço.

Ainda de acordo com a empresa, 60 cidades receberam 630 mil toneladas de agregados siderúrgicos por meio do programa Usiminas Mobiliza Pelos Caminhos do Vale, a iniciativa “voluntários em ação” atingiu mais de 600 pessoas, e outras 26 mil foram beneficiadas com o projeto de Comodatos Sociais. E no ano de 2024, nos 40 anos do Projeto Xerimbabo Usiminas foram recebidos 20 mil visitantes.

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Comentários

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Carlos Costa

20 de dezembro, 2024 | 06:31

“Acredito que o economista não entendeu, até hoje, que o problema do aço chinês é que ele é subsidiado pelo estado. Por acaso o governo brasileiros estaria disposto a zerar os impostos do minerio de ferro, carvão e outros insumos das siderúrgicas brasileiras? A China, que deixou de ser comunista há anos, pratica concorrência desleal, criminoso em relação ao mercado internacional.”

Economista

20 de dezembro, 2024 | 05:30

“E simples é só vocês baixar o preço do aço produzido no brasil que não terá concorrência os brasileiros estão comprando lá fora porque lá fora o preço é acessível mesmo pagando impostos dependendo da quantidade ainda sai bem mais em conta do que comprar no brasil aqui vocês querem ganhar muito e quem quer muito acaba sem nada antes vender o aço más barato e vender em quantidades maiores agora vocês querem é ganhar muito por isso estão perdendo venda e obrigando os brasileiros a comprar lá de fora não só o aço mas várias modalidades de produtos a china faz matéria prima de qualidade e vocês só montam e querem ganhar o dobro no produto final hoje em dia não tem ninguém bobó más não acorda brasil.”

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