21 de dezembro, de 2024 | 08:40

Verão começa com chuva e há possibilidade de novos temporais

Alex Ferreira
No verão há possibilidade de mais chuva intensa com queda de granizo, vento e descargas elétricasNo verão há possibilidade de mais chuva intensa com queda de granizo, vento e descargas elétricas
Por Silvia Miranda - Repórter Diário do Aço
O verão teve início neste sábado (21) às 6h20 e termina no dia 20 de março de 2025. A estação é caracterizada pela elevação da temperatura em todo o país em função da posição relativa da Terra em relação ao Sol mais ao sul, tornando os dias mais longos que as noites. Há também possibilidade de mudanças rápidas nas condições de tempo, contribuindo com o registro de chuva intensa.

Segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), nessa estação, a chuva é frequente em praticamente todo o país. A meteorologista do Inmet, Anete Fernandes, destaca que o início da estação corresponde ao auge da estação chuvosa em Minas Gerais, assim como, em grande parte do país, uma vez que janeiro é um dos meses mais chuvosos do ano.

A chuva fica mais frequente e a formação do canal de umidade entre a região Amazônica e as Regiões Centro-Oeste e Sudeste é recorrente, favorecendo a formação da Zona de Convergência do Atlântico Sul. "A previsão para este verão é de chuvas variando entre normal a abaixo da média e temperaturas acima da média. O que pode ser interpretado, com chuva ocorrendo preferencialmente em forma de pancadas a partir da tarde e menor recorrência da Zona de Convergência do Atlântico Sul", aponta.

Estação Chuvosa
Fulvio Cupolillo, professor de climatologia do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), Campus Governador Valadares, reforça que historicamente há neste período um aumento de cotas fluviométricas, ou seja, a chuva é mais intensa nesse período e há aumento da temperatura. "É também muito comum,nos meses de dezembro e janeiro, a ocorrência de alguns mecanismos atmosféricos, denominados de Alta da Bolívia que fica em cima da Amazônia, trazendo umidade e chuvas para a região sudeste do Brasil. Essas chuvas são aquelas que ocorrem torrencialmente no fim de tarde, inclusive no Vale do Aço", detalha.

Mais temporais
Durante o verão, também podem ocorrer algumas frentes frias, não com tanta frequência como no inverno, mas somado ao Aclopamento da Bolívia, podem trazer chuva forte para a região do Vale do Aço, como explica o professor Fulvio Cupolillo.

"Quando acontece isso, junto à frente fria com a alta da Bolívia, fica uma calha de nebulosidade do noroeste da Amazônia até a região sudeste, passando por cima do Vale do Aço e da Bacia do Rio Doce. Esse mecanismo chamado Zona de Convergência da América do Sul provoca chuva por cinco ou seis dias consecutivos, isso pode acarretar enchentes, deslizamentos de terra nos barrancos, nas estradas, enfim, isso é historicamente o que ocorre na região do Vale do Aço e, consequentemente, também na Bacia do Rio Doce", explicou.

Anete Fernandes também confirma que, ao longo de toda a estação chuvosa (que se encerra em março), pode haver chuva forte como a da última terça-feira (17), registrada em Coronel Fabriciano. A recomendação do Inmet é acompanhar a previsão do tempo e manter atenção às recomendações da Defesa Civil.

Natal com chuva
O professor ressalta como, em cada ano, o clima se comporta de forma diferente. O mês de dezembro de 2024 se mostra mais chuvoso, e há previsão de mais chuvas para o Vale do Aço nos próximos dias, incluindo o feriado de Natal. "Deve haver chuva com menos intensidade, mas fortes, como previsto para esta sexta e sábado. É importante que as pessoas se previnam contra esses fenômenos atmosféricos que ocorrem nessa época do ano. Para o mês de janeiro, a tendência é precipitações comuns para o período. Mas é necessário ter informações mais precisas a partir do fim do mês, quando nós vamos conseguir ter uma ideia melhor da tendência do mês de janeiro", avalia.
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