31 de dezembro, de 2024 | 08:30

Setor de Serviços sustenta geração de empregos na RMVA em 2024, mas indústria continua fraca

Arquivo DA
Empregos na Região Metropolitana do Vale do Aço têm queda no setor industrialEmpregos na Região Metropolitana do Vale do Aço têm queda no setor industrial

Enquanto o Brasil e Minas Gerais comemoram um ano de intensa geração de empregos, a Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA), formada pelos municípios de Ipatinga, Coronel Fabriciano, Timóteo e Santana do Paraíso, apresenta um cenário mais complexo.

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego (Caged/MTE), analisados pelo geógrafo e coordenador de estatística e de pesquisa do Observatório das Metropolizações Vale do Aço do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), campus Ipatinga, William Passos, e pela reportagem do Diário do Aço, mostram que o saldo de empregos formais na região foi positivo entre janeiro e novembro de 2024, mas com nuances importantes.

Serviços impulsionam, indústria trava
O setor de serviços se destacou na geração de empregos no Vale do Aço, com um saldo positivo de 1.673 novas vagas de janeiro a novembro deste ano, sendo 1.056 vagas de carteira assinada. Nesse sentido, o município de Ipatinga está no topo da lista, com 534 novas vagas. Em seguida estão Coronel Fabriciano (+506), Santana do Paraíso (+303) e Timóteo, com um saldo negativo de empregos formalizados de 287. Entretanto, esse desempenho contrasta com a indústria, que registrou uma negativa de 449 postos de trabalho no mesmo período.

“Apesar da permanência de um fraco desempenho da indústria do Vale do Aço, no que diz respeito à geração do emprego com carteira assinada, no acumulado de janeiro a novembro de 2024, a região conseguiu registrar a abertura de mais de mil vagas líquidas com carteira assinada, isto é, considerando os 54.738 admitidos e os 53.682 demitidos no mercado de trabalho da economia metropolitana”, afirmou William Passos.

Desempenho por cidade
Analisando os dados por cidade, Ipatinga foi a que mais gerou empregos no setor de serviços, com 534 novos postos, seguida por Coronel Fabriciano (+506) e Santana do Paraíso (+303). Timóteo, por sua vez, apresentou o pior desempenho no setor industrial, com um saldo negativo de 295 vagas.

Comércio e agropecuária
O comércio também contribuiu positivamente para a geração de empregos, com um saldo de 263 novas contratações, com Santana do Paraíso liderando (+105), seguida por Ipatinga (+102), Coronel Fabriciano (+57) e Timóteo (-1). Só em novembro, foram 83 novos postos de trabalho formalizados na RMVA. Já a agropecuária, com um resultado de apenas 13 vagas, teve uma participação mais tímida.

Perspectivas
A persistente fraqueza da indústria é um desafio para a economia do Vale do Aço. A região precisará encontrar novas fontes de crescimento e diversificar sua matriz econômica para garantir a sustentabilidade da geração de empregos a longo prazo. "O balanço do Observatório das Metropolizações, apesar dos números positivos do mercado de trabalho, é de que a economia do Vale do Aço ainda patina", afirma William. "Isso porque a região, por razões históricas e pela sua estrutura econômica, é muito dependente da indústria e porque o setor industrial do Vale do Aço ainda não conseguiu se reerguer no pós-pandemia", finaliza.
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Comentários

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Bom

31 de dezembro, 2024 | 13:22

“Como pode uma região rica se desmoronar por falta de um olhar mais cuidadoso de prefeitos e governadores que passam e não fazem nada pra região. Cidade como Serra ES, está crescendo e muito por atrativos fiscais. O Vale do Aço era pra ser potência ,com suas usinas de aço, era pra ter muitas empresas beneficiando o aço.
Mas não, preferem vender nosso ouro que é o minério, pra China e depois ficar no vácuo em decadência..........”

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