11 de janeiro, de 2025 | 08:30

Minas Gerais tem quase 300 casos de febre oropouche; Vale do Aço concentra 66% dos registros

Divulgação
Casos de febre oropouche aumentam em 92,52% em pouco mais de três mesesCasos de febre oropouche aumentam em 92,52% em pouco mais de três meses
Por Matheus Valadares - Repórter Diário do Aço
O estado de Minas Gerais registrou, até o dia 3 de janeiro deste ano, 283 casos positivos de febre oropouche. A informação foi repassada ao Diário do Aço pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).
Conforme notícia publicada anteriormente pelo jornal, em 30 de agosto do ano passado eram 147 pessoas positivadas para a doença, o que indica um aumento de 92,52% em 111 dias.

O Vale do Aço se destaca negativamente, com 188 casos registrados, o que equivale a 66,43% das notificações em todo território estadual.

Joanésia, pequeno município no Colar Metropolitano do Vale do Aço com pouco mais de 4 mil habitantes, detém a liderança de diagnosticados: 140. Em agosto passado eram 96, um acréscimo de 45,83%.

Coronel Fabriciano permanece com 30 notificações, Timóteo com 15 e Ipatinga com 3. As amostras positivas foram identificadas por meio do teste RT-PCR.

Completam a lista de municípios mineiros com registros: 1 caso em Congonhas - URS Barbacena; 1 caso em Coroaci - URS Governador Valadares; 1 caso em Gonzaga - URS Governador Valadares; 1 caso em Bom Jardim de Minas - URS Juiz de Fora; 3 casos em Coronel Pacheco - URS Juiz de Fora; 86 casos em Piau - URS Juiz de Fora; 1 caso em Rio Novo - URS Juiz de Fora; e 1 caso em Tabuleiro - URS Ubá.

Além desses, foram identificados três casos por laboratório da rede particular em Belo Horizonte, confirmados pelo Lacen, de pessoas residentes no município de Botuverá, em Santa Catarina, já notificados ao estado.

Vigilância
A SES-MG informou que, como estratégia de vigilância ativa, implantou em Minas Gerais a Vigilância Sentinela da Febre de Oropouche, “com unidades sentinelas em todas as Unidades Regionais de Saúde e envio regular de amostras à Funed para testagem”.

Doença
A febre oropouche é uma doença causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. Os sintomas são parecidos com os da dengue e da chikungunya: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia.

O diagnóstico da arbovirose é clínico, epidemiológico e laboratorial e todo caso com diagnóstico de infecção pelo vírus deve ser notificado pelo município no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).

“A SES informa ainda que conduz a devida investigação epidemiológica no estado, por meio do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Estado de Minas Gerais (Cievs-Minas)”, completa a pasta em nota.

Leia também notícias relacionas a este assunto:
Vale do Aço volta a registrar casos de febre Oropouche
Sobe para 75 os casos de febre oropouche no Vale do Aço
Secretaria de Saúde de Fabriciano promove estudo do mosquito transmissor da febre oropouche
Estado articula presença do Ministério da Saúde na região para colaborar na investigação da febre oropouche
Ações reforçadas contra a febre oropouche em Ipatinga
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

José Dias Sobrinho

12 de janeiro, 2025 | 03:14

“As atuais políticas sociais são ineficazes e com relação à saúde é deprimente.
Ações de prevenções deveriam ser a montante envolvendo sociedade e poder municipal.
No entanto, montar estatística e mostrar números não é a fórmula ideal de combate.”

Envie seu Comentário