13 de janeiro, de 2025 | 16:17

Lojistas do bairro Canaã ainda calculam prejuízos após enchente

Débora Anício
Praticamente todos os lojistas de um trecho da avenida Selim José de Sales tiveram prejuízos ainda incalculáveisPraticamente todos os lojistas de um trecho da avenida Selim José de Sales tiveram prejuízos ainda incalculáveis

Na madrugada domingo (12), um temporal provocou variados estragos em Ipatinga, dentre eles deslizamentos de terra, inundações e desabamento de casas que deixaram pessoas feridas e dez mortos. No bairro Canaã, o ponto mais atingido foi a avenida Selim José de Sales, um dos mais importantes corredores do comércio na cidade.

Em determinado trecho, ocupado por pouco mais de dois quarteirões, a água cobriu as duas faixas da via, o gramado na faixa central, o estacionamento e a calçada compartilhada no meio da avenida. Praticamente todas as lojas e casas foram invadidas pela água, que subiu mais de um metro dentro dos estabelecimentos.

Depois da inundação, o domingo foi inteiramente utilizado para limpar as lojas e casas. A movimentação foi intensa ao longo de todo o dia em praticamente todos os estabelecimentos, o que deixou o trânsito lento no local, já que a avenida é também uma importante via de ligação na cidade.

Luísa de Melo Freire, de 29 anos, proprietária de uma loja de roupas fitness e lingeries, relata que os danos foram severos, com a perda de 97% dos materiais e equipamentos do estabelecimento. “Por volta das 2h30, percebemos a chuva intensa e tentamos chegar ao local, mas o nível da água já era tão alto que o carro não passava. Acabamos perdendo até a placa do veículo e só conseguimos acessar a loja às 7h. Foi um verdadeiro desastre”, contou.

Moradora do Canaãzinho, bairro próximo, Luísa mencionou que, em outras enchentes, conseguiu salvar parte dos itens da loja, mas desta vez a situação foi muito mais grave. Entre as perdas estão móveis, equipamentos como computadores, celulares e maquininha de cartão, além de mercadorias. “O prejuízo ultrapassa 400 mil reais.

Perdemos tudo, desde móveis até eletrodomésticos como geladeira e micro-ondas. O que conseguimos recuperar está dentro de um único móvel”.

A marca d’água nas paredes evidencia o nível atingido pelo alagamento, algo que Luísa descreve como “impressionante”. Segundo ela, esta foi a terceira vez que sua loja foi atingida, mas nunca em tamanha proporção.
Desde as primeiras horas da manhã de domingo, a proprietária contou com a ajuda de familiares e amigos que se uniram em um mutirão solidário para limpar e organizar o espaço. “Estamos aqui na luta desde cedo, mas o impacto é imensurável”, concluiu Luísa.

Cleuza Bonfá, proprietária de uma loja de autopeças na avenida há cerca de 30 anos, também sofreu com a inundação. “Ainda nem tenho ideia do prejuízo. Escritório, computador, equipamentos eletrônicos, peças de carro... Só sei que foi um prejuízo muito grande”.

Ao longo de domingo, diversas máquinas da prefeitura passaram pela avenida recolhendo entulhos e lixo. Na manhã de segunda-feira (13), foi a vez do caminhão-pipa começar a limpar o barro e todo o restante de sujeira do local.

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