16 de janeiro, de 2025 | 14:59
Engenheiros e geólogos reforçam batalhão de vistorias em Ipatinga
Divulgação
Com novas interdições definidas em função de riscos de desabamentos, número de desabrigados deve crescer
Com novas interdições definidas em função de riscos de desabamentos, número de desabrigados deve crescer
Começou na manhã desta quinta-feira (16) uma ação de trabalho da Defesa Civil de Ipatinga, com apoio de vários profissionais e organismos agregados, para fazer vistorias e emitir laudos de imóveis e estruturas danificados pela chuva que assola a cidade nos últimos dias, informou a administração.
São engenheiros de diversas áreas e geólogos voluntários que atenderam ao chamado para compor a força-tarefa extremamente necessária neste momento, dada a dimensão da tragédia que ocorreu na cidade, com dez mortos e quase 200 desabrigados até o momento.
Sob a liderança da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) e com a participação de técnicos do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado de Minas Gerais (Crea-MG), o grupo se dividiu em equipes, que foram direcionadas para os locais mais afetados.
Com mais de mil chamadas recebidas desde domingo (12), quando o município foi atingido por uma tempestade de mais de 200mm de precipitação em poucas horas, a Defesa Civil tem se desdobrado, mas ainda é grande o número de imóveis que precisam ser vistoriados para emissão de laudos. Com novas interdições definidas em função de riscos de desabamentos, a expectativa é que o número de desabrigados cresça, já que a recomendação é que as casas em situação de insegurança sejam desocupadas.
O trabalho vai fluir com este reforço que recebemos e, assim, daremos atendimento às famílias que ainda estão aguardando. Moradores nessa condição podem ficar tranquilos que a Defesa Civil está chegando”, informou o secretário de Segurança e Convivência Cidadã, coronel Warley Silva.
Procedimentos
Os imóveis interditados recebem um adesivo e os moradores são retirados de imediato. Proprietária de um barraco na rua Turim, dona Raimunda, 62 anos, recebeu o laudo com a notificação para sair. Imediatamente, ela juntou as roupas e objetos básicos e foi para o abrigo. É triste, mas estou confiante em Deus. Não posso arriscar minha vida aqui”, disse. Uma vizinha dela foi uma das dez vítimas fatais do temporal.
Além da verificação dos riscos do solo, as equipes da Defesa Civil avaliam a estrutura física do imóvel. Onde há ameaça de rompimento de taludes ou comprometimento estrutural é feita a interdição.
Com uso de drone, a força-tarefa consegue mapear o solo ao redor das residências e chegar aos locais que estão com os acessos interrompidos ou dificultados por barreiras. Cada imóvel avaliado recebe um relatório com dados da família que habita o local e as condições em que se encontra a moradia.
Calamidade reconhecida
Nesta quarta-feira (15), o governo federal reconheceu o estado de calamidade pública decretado no município. Isso foi muito importante porque abre as portas para os recursos federais. Mas por enquanto estamos trabalhando com os nossos recursos, principalmente na limpeza e na desobstrução das ruas. Nossa estimativa é de que a destruição custará à cidade mais de R$ 520 milhões”, informou o prefeito Gustavo Nunes (PL).
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