29 de janeiro, de 2025 | 08:30

BBB - A cultura do Brasil

Luiz Carlos Amorim *

E começou um novo Big Brother Brasil. Só o fato de haver uma nova edição dessa coisa sofrível que chamam de reality show, já é um retrocesso. São mais de vinte edições, se não me engano, atestando que, realmente, uma boa parte dos brasileiros faz questão de se revelar um povo subdesenvolvido, praticamente sem cultura nenhuma, ao absorver um programa de tão baixa qualidade. E olhe que há outros do tipo. Felizmente há quem saiba escolher e opte por um programa não tão ruim da televisão, ou pela leitura de um livro, um bom filme, boa música, uma boa peça de teatro, um bom papo, um encontro com amigos. Em alguns países, a moda até passou, mas no Brasil, não. Há até quem assine um canal TV paga que mostra a “atividade” na casa vinte e quatro por dia, com mais de uma dezena de canais. E são milhares de assinantes. Uma audiência imensa, que infelizmente depõe muito contra nós, brasileiros.
“Só o fato de haver uma nova edição dessa coisa sofrível que chamam de reality show, já é um retrocesso”


O tal Big Brother não tem nenhum ponto positivo e a cada edição fica pior. As piores qualidades dos participantes do “show” são valorizadas, para dar mais “ibope”. Vale tudo: baixaria, mau caráter de uns e outros, até sexo. O brasileiro precisa analisar melhor o que anda consumindo, precisa escolher melhor o seu tipo de lazer. Há que saber escolher o que ver na TV, há que se ler um bom livro, de vez em quando, estudar mais, fazer cursos para se encaixar melhor no mercado de trabalho e melhorar a renda. Precisamos gerenciar melhor o nosso tempo. Precisamos elevar o nosso nível de cultura. E não venham, por favor, me dizer que “não podemos fazer tudo isso porque somos pobres”. Sempre podemos aprender mais. Felizmente há quem abomine o tal BBB. Sempre esperamos que esta seja a última edição, mas está difícil. A educação neste nosso Brasilzão de Deus está mesmo ruim. Cada vez pior.

* Escritor, editor e revisor, cadeira 19 na Academia SulBrasileira de Letras, Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, com 44 anos de trajetória. luizcarlosamorim.blogspot.com.br

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Comentários

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Ipatinguense

29 de janeiro, 2025 | 10:52

“?timo texto, poucas vezes vi alguém tão desqualificado que consiga escrever textos longos. Um viralata hipocrita e moralista que só promove a cultura exterior, nada nacional presta até me lembrou a saudosa Vovó: Na boca de quem não presta o que é bom não tem valor.

Não consegue enxergar que em 20 anos o BBB trouxe mais Ordem e progresso (lema da bandeira) que QUALQUER IGREJA. Foi a motriz durante a pandemia, enquanto esses devotos de força paranormal insistiam em se reunir como se nada ocorresse. BBB também é o principal responsável pela DIMINUIÇÃO do racismo e abuso sexual. Coisas que na Igreja a gente sabe bem como funciona, só não podemos falar, mas é importante lembrar que ao contrário da vontade de Silas Malafaia e Marco Feliciano, foi no BBB que esses crimes finalmente ganharam comoção popular e entendimento público. Além do mais intrigante, como um programa pode misturar peão e patrão, faxineira e patrão, miss brasil e gente tão feia, todas com o mesmo valor para o teleespectador. Ao contrário do Pastor e Fiel, que a um só cabe pagar o dízimo enquanto o outro jura que por isso vai ter sorte.

Agora pensando melhor entendi o porquê desse texto.”

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