04 de fevereiro, de 2025 | 08:00

Perd promove capacitação para observação de primatas

Divulgação
A capacitação integra as ações do projeto criado para conservar as espécies nativas da primeira Unidade de Conservação de Minas GeraisA capacitação integra as ações do projeto criado para conservar as espécies nativas da primeira Unidade de Conservação de Minas Gerais

O Parque Estadual do Rio Doce promoveu a primeira capacitação para observação de primatas, reunindo palestras e treinamentos voltados para a qualificação de guias credenciados. O curso teve como objetivo preparar profissionais para atuar na observação desses animais, tanto no turismo quanto na pesquisa científica, informou a assessoria de comunicação do Perd.

Durante a programação, foi lançado o Guia de Bolso dos Primatas Perdidos do Perd, e os participantes realizaram uma prática de campo na trilha do Mombaça. No percurso, receberam informações sobre a área de vida dos muriquis-do-norte (Brachyteles hypoxanthus) e aprenderam a identificá-los na mata. Próximo ao fim da trilha, foi possível observar um grupo de muriquis, incluindo uma mãe com filhote.

O muriqui-do-norte, maior primata das Américas, está criticamente em perigo de extinção e ocorre apenas em Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Rio de Janeiro. O Parque Estadual do Rio Doce é um dos últimos refúgios da espécie na Mata Atlântica mineira. Conhecidos como jardineiros da floresta, esses primatas desempenham um papel essencial na dispersão de sementes, contribuindo para a estabilidade do ecossistema.

A capacitação integra as ações do projeto Primatas PERDidos, criado para conservar as espécies nativas da primeira Unidade de Conservação de Minas Gerais. O parque abriga cinco espécies de primatas: bugio-ruivo (Alouatta guariba), muriqui-do-norte (Brachyteles hypoxanthus), macaco-prego (Sapajus nigritus), sauá (Callicebus nigrifrons) e sagui-caveirinha (Callithrix aurita). Além disso, duas espécies foram introduzidas na região: sagui-da-cara-branca (Callithrix geoffroyi) e mico-estrela (Callithrix penicillata).

Com uma estrutura voltada para a pesquisa científica, o Parque Estadual do Rio Doce abriga uma ampla diversidade de fauna e flora, além de grandes mamíferos e aves. O local dispõe de viveiros, herbário, alojamentos e centros de pesquisa e treinamento, incentivando o desenvolvimento de estudos em diferentes áreas do conhecimento.
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