07 de fevereiro, de 2025 | 15:23

Defesa Civil de Ipatinga zera atendimento a quase 3 mil chamados emergenciais após temporal do dia 12/1

Divulgação
Técnicos fazem nova análise estrutural de edificações interditadas para verificar se condições permitem retorno de alguns moradores sem risco à vidaTécnicos fazem nova análise estrutural de edificações interditadas para verificar se condições permitem retorno de alguns moradores sem risco à vida

Apesar da estiagem temporária e um período de estabilidade climática sinalizado pela meteorologia, a administração de Ipatinga ressalta que continua mobilizada em várias frentes para enfrentar os danos causados em imóveis públicos e privados pelo temporal do dia 12/1. A multiplicidade de demandas ainda exige um esforço contínuo para minimizar os impactos e restabelecer uma conjuntura de normalidade no município. Conforme balanço da Secretaria de Segurança e Convivência Cidadã (Sescon), até o momento já foram feitas quase 3 mil inspeções em áreas de risco, sendo que as vistorias técnicas resultaram em mais de 800 interdições.

Agora, conforme os gestores da repartição, o trabalho entra numa nova fase. Nesta semana, teve início o processo de revistorias dos imóveis interditados pela Defesa Civil, etapa fundamental para garantir que as desocupações sejam revertidas com segurança.

O coronel Warley Geraldo Silva, titular da Sescon, explica que o trabalho consiste em uma nova análise estrutural das edificações, verificando se as condições permitem o retorno dos moradores sem risco à vida. Neste sentido, mais de 40 revistorias já foram feitas, resultando em 21 desinterdições, praticamente a metade dos locais.

“A atuação da Defesa Civil tem sido essencial para garantir que as desinterdições ocorram com responsabilidade, sempre priorizando a segurança das famílias. Sabemos que os desafios são grandes, mas seguimos empenhados em buscar soluções efetivas e permanentes para esses problemas”, ressaltou ainda o coronel.

A Defesa Civil de Ipatinga recebeu da população um total de 2.979 chamados emergenciais após a tromba d’água de 12 de janeiro, sendo nove deles apenas nos últimos dois dias. Os atendimentos foram zerados nesta sexta-feira (7), após 27 dias. O maior número de pedidos de socorro se concentrou na primeira semana após a tragédia, o que exigiu também o apoio das Defesas Civis do Estado e da União.

Recursos para soluções estruturais
Apesar do avanço nas revistorias e desinterdições, o prefeito Gustavo Nunes (PL) enfatiza que a solução definitiva para os problemas históricos da cidade depende de investimentos expressivos em infraestrutura.

“Os problemas relacionados a alagamentos e encostas instáveis em várias regiões da cidade são agravados por um sistema de drenagem defasado e pela ocupação desordenada do solo. Desde 2021, temos adotado uma série de medidas para enfrentar essas questões, incluindo intervenções para melhoria da infraestrutura urbana e a regularização fundiária. Contudo, ainda há muito a fazer”, acentua.

“Como já dissemos em outras ocasiões, estimamos em mais de R$ 500 milhões o custo dessa grandiosa empreitada. Seguimos confiantes de que, com o apoio do Estado e da União, conseguiremos viabilizar melhorias que tragam mais segurança e qualidade de vida para a população de Ipatinga”.

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