09 de fevereiro, de 2025 | 08:30
Notificações de casos de hepatites virais aumentaram na região em 2024
O Vale do Aço registrou um aumento nos casos de hepatites virais no ao passado, com 95 confirmações da doença, segundo dados do painel de vigilância em saúde da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. O número representa um crescimento em relação a 2023, quando foram confirmados 69 casos. No total, 117 notificações foram feitas no último ano, contra 96 no período anterior. Os dados foram analisados pela reportagem do Diário do Aço.
Entre os municípios da macrorregião, Belo Oriente lidera os registros de 2024, com 24 ocorrências (20,51%), seguido por Caratinga, com 13, e Inhapim, com 11. No ano anterior, Timóteo e Ipatinga apresentaram os maiores números de notificações, com 24 e 22 casos, respectivamente.
A análise dos dados revela que a maioria das notificações ocorreu entre mulheres, que representaram 63,25% dos casos em 2024, um aumento em relação a 2023, quando essa parcela era de 54,17%. Já os homens responderam por 36,75% das ocorrências mais recentes. A maior concentração de casos persiste entre pessoas de 40 a 49 anos, seguidas pelo grupo de 50 a 59 anos.
No critério de escolaridade, indivíduos com ensino médio completo predominam entre os notificados em 2024, seguidos por aqueles com ensino fundamental completo. Em 2023, os dados indicavam um perfil variado, incluindo analfabetos e pessoas com ensino superior. Quanto à raça/cor, a população parda se manteve como a mais afetada, representando mais da metade dos registros nos últimos dois anos.
Os casos foram identificados principalmente por meio de centros de testagem e aconselhamento (CTA), que registraram 26 ocorrências em 2024. O levantamento, no entanto, não detalhou a incidência de hepatite fulminante.
Hepatites virais
De acordo com o Ministério da Saúde, as hepatites virais são infecções que afetam o fígado e, na maioria dos casos, são silenciosas, sem sintomas. Quando presentes, podem causar cansaço, febre, enjoo, pele e olhos amarelados, entre outros sinais.
No Brasil, os vírus mais comuns são A, B e C, sendo que os tipos B e C podem se tornar crônicos, levando a complicações como cirrose e câncer hepático. A doença pode evoluir por décadas sem diagnóstico, aumentando os riscos à saúde.
Globalmente, as hepatites virais causam cerca de 1,4 milhão de mortes por ano, com taxa de mortalidade comparável à do HIV e tuberculose.
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