11 de fevereiro, de 2025 | 08:30
Pesquisa do IFMG Ipatinga utiliza energia solar para descontaminação da água
O Dia Internacional das Meninas e Mulheres na Ciência, celebrado em 11 de fevereiro, veio para reafirmar a importância da participação feminina na pesquisa científica. Um exemplo é o trabalho coordenado pela professora Isabela Fioravante, do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), campus Ipatinga, que desenvolve um método sustentável para a descontaminação da água utilizando energia solar.
O projeto, que aborda aplicação de fotocatálise solar utilizando um filme de TiO2 dopados com metais de transição em um reator piloto tubular para degradação de fármacos, busca criar um sistema eficiente para remover compostos orgânicos poluentes, como corantes, pesticidas e resíduos de medicamentos. A tecnologia desenvolvida consiste na aplicação de materiais especiais nas paredes de um reator tubular, que, ao serem expostos à luz do sol, ativam reações químicas capazes de degradar os contaminantes.
Como funciona
Em entrevista ao Diário do Aço, a professora explica que o processo utiliza a fotocatálise na região do visível, um método sustentável e de baixo custo, pois aproveita a energia solar recurso abundante e disponível no Brasil durante todo o ano. "A ideia do projeto surgiu da necessidade de desenvolver um método eficiente de descontaminação de água poluída sem o uso de produtos químicos adicionais, reduzindo custos e aumentando a aplicabilidade desse tipo de tratamento", afirma Fioravante.
A contaminação da água por compostos orgânicos pode gerar danos ao meio ambiente e à saúde humana. O desenvolvimento de tecnologias acessíveis e sustentáveis para a purificação da água é fundamental para mitigar esses impactos, e projetos como o da Dra. Isabela Fioravante demonstram o papel essencial da ciência nessa missão.
Fotocatálise
A fotocatálise é um processo químico no qual a luz, geralmente solar ou ultravioleta, ativa um material chamado fotocatalisador, que acelera reações químicas sem ser consumido. Esse processo é muito utilizado para degradar poluentes, pois ajuda a quebrar substâncias tóxicas em compostos menos prejudiciais ao meio ambiente.
Impacto social
Além do impacto ambiental, o projeto também tem papel na formação de novos pesquisadores. No ano passado, dois alunos foram bolsistas do programa, sendo um estudante de graduação e uma aluna do ensino técnico. Atualmente, a iniciativa conta com um bolsista de graduação.
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