18 de fevereiro, de 2025 | 08:00

Em falta no mercado, insulina é insubstituível para alguns tipos da doença, alerta médica

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A médica Marlene Aredes Mota explica que para alguns tratamentos de diabetes, não há nada que substitua o hormônioA médica Marlene Aredes Mota explica que para alguns tratamentos de diabetes, não há nada que substitua o hormônio

A falta de insulina no mercado de medicamentos global acende alertas de médicos em todo o mundo. Marlene Aredes Mota, que faz atendimentos na área da endocrinologia na AAPI, explica que para alguns tratamentos de diabetes, não há nada que substitua o hormônio.

A diabetes é uma doença crônica que tem como sua principal característica os níveis elevados de açúcar no sangue. A doença ocorre quando o organismo não produz ou absorve a insulina (hormônio que regula a glicose) de forma adequada. “A insulina é um hormônio que todos nós produzimos e que sem ela a gente não sobrevive”, explica sobre a insulina, responsável por fazer com que a glicose saia da corrente sanguínea e entre nas células, fornecendo energia para o organismo.

Tipos de diabetes
Marlene Aredes explica que o tipo 1 de diabetes ocorre quando o sistema imunológico do paciente ataca as células que produzem insulina, provocando uma deficiência grave do hormônio. Essa variedade da diabetes sempre é tratada com insulina, planejamento alimentar e com atividades físicas.

Já o tipo 2 da doença, que é mais comum, ocorre quando o corpo humano não consegue usar adequadamente a insulina produzida ou quando a insulina produzida pelo corpo não é o suficiente para controlar a taxa de glicemia.

O tratamento da diabetes tipo 2 depende da gravidade do caso. Pode ser controlado por planejamento alimentar e atividade físicas, mas em outros casos o controle da glicose por meio de medicamentos e até uso de insulina pode ser necessário.

A insulina é insubstituível
Marlene Aredes aponta que o hormônio insulina é insubstituível. Assim, a falta da insulina no mercado global afeta diretamente o tratamento de pacientes com diabetes. “Em algumas diabetes, como na diabetes tipo 1, quando o pâncreas da pessoa não tem a capacidade de produzir o hormônio, o único e exclusivo medicamento para ele é a insulinização. No tipo 2, a maior parte do tratamento é com medicamentos orais, mas em alguns casos em que registramos o que chamamos de ‘fadiga do pâncreas’, que é quando o órgão começa apresentar alguma deficiência na produção do hormônio, também é necessário o uso da insulina”, explica a médica.

Ela também destaca que existem diversos tipos de insulina no mercado. “Quando falta insulina, às vezes mudamos o tipo da insulina para uma que não esteja em falta. Mas não existe uma forma, principalmente no tipo 1, do paciente não fazer uso do medicamento”, afirma.
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