23 de fevereiro, de 2025 | 08:40
População de Marliéria cobra conclusão das obras na Estrada Parque
Alex Ferreira
Esta já é a segunda empresa que abandona a obra de pavimentação da Estrada Parque Bispo Dom Helvécio
Esta já é a segunda empresa que abandona a obra de pavimentação da Estrada Parque Bispo Dom HelvécioA pavimentação da estrada que liga a sede de Marliéria ao Parque Estadual do Rio Doce, a Estrada Parque Bispo Dom Helvécio, está paralisada desde um incidente com abelhas, que resultou na morte de uma pessoa em março do ano passado. Na ocasião, um engenheiro de 79 anos, que trabalhava nas obras, morreu após ser atacado pelos insetos. Nesta semana, um morador da região informou ao Diário do Aço que a empresa responsável, a Conservasolo Engenharia de Projetos e Consultoria Técnica, recolheu o maquinário e demitiu os trabalhadores ao longo dos meses que sucederam o incidente.
A reportagem entrou em contato com a Conservasolo por telefone e solicitou um posicionamento por e-mail, entretanto, não obteve resposta até o fechamento desta notícia.
O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) também foi contatado pelo Diário do Aço, mas sem sucesso em uma resposta sobre a paralisação da obra.
Procurado pela reportagem, o deputado estadual Celinho Sintrocel (PCdoB) lembrou que essa é a segunda empresa que abandona as obras de recuperação e pavimentação da Estrada Parque Bispo Dom Helvécio. Essas paralisações só têm um motivo: a incapacidade das empresas ganhadoras das licitações em realizar as obras. O abandono deixa claro que os processos licitatórios foram vencidos por empresas sem condições de realizar as obras e pavimentação. Ou seja, tem um problema nos editais e nas contratações que precisa ser resolvido pelo Departamento de Estradas de Rodagem e pela Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade, a Seinfra-MG. E quem tem ficado no prejuízo é, de um lado, a população e do outro o Poder Público, que investe os recursos”, afirma o parlamentar.
Interesse turístico
A paralisação das obras impacta diretamente no desenvolvimento econômico e social do município, uma vez que o turismo fica prejudicado. Da mesma forma, o acesso da população a serviços básicos como saúde e educação fica dificultado, já que o trânsito entre a sede do município e o parque, pelo Mirante do Jacroá, é prejudicado.
A primeira etapa da pavimentação da estrada foi iniciada por volta do ano de 2009 e custeada com dinheiro do governo de Minas Gerais, mas as obras empacaram em 2012. A Construtora Oriente chegou a pavimentar um trecho entre o povoado de Santa Rita de Minas e o pé da Serra do Jacroá.
Depois a obra foi retomada em 2022, quando foi feita nova licitação. Desta vez, a obra contaria com dinheiro destinado pela Fundação Renova, como compensação pelo rompimento da Barragem de Fundão, em 2015. Chegou a ser divulgado que o aporte seria de R$ 31,7 milhões. Entretanto, novamente a obra foi parada em 2024.
Já publicado:
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Marlierense
24 de fevereiro, 2025 | 10:03Trata-se de uma estrada que está aberta a mais de 60 anos e que, hoje, já não comporta o tráfego atual.
Ao contrário do que foi comentado aqui, a adequada contenção das encostas da estrada irá reduzir o problema da erosão causada pelo tráfego intenso e que é prejudicial à natureza, em especial para nascentes e cursos d'água. Ou seja, ao contrário do que foi postado aqui por pessoas que talvez não conheçam a situação, a pavimentação da estrada irá contribuir para a preservação da natureza.
A maior ameaça à natureza na região está relacionada à expansão de pastagens para gado (inclusive em áreas de nascentes e sobre topos de morro) e também ao licenciamento (suspeito) de diversos empreendimentos imobiliários na zona de amortecimento do nosso amado Parque Estadual do Rio Doce - PERD.”
Nilzinha s
23 de fevereiro, 2025 | 23:05As abelhas deram o primeiro recado; e a empresa foi sábia em recolher o maquinário e parar as obras. Deixem a natureza em paz! Área do Parque onde vivem até onças é pra ser respeitada!”
Jane
23 de fevereiro, 2025 | 15:48a natureza avisando aos senhores políticos e população que não é lugar de estrada. Mais uma área para contribuir com a degradação do parque. Que a população e os políticos tenham inteligência para fazer um traçado que não prejudique mais ainda o meio ambiente e que coloque recursos de saúde e educação DENTRO do município. Se o homem chegou a Lua deve ter gente suficientemente inteligente e bem intencionada no Vale do Aço para fazer OUTRO traçado de estrada. Renda de turismo com degradação ambiental é assunto questionável em todo lugar com gente inteligente. Se não consequem nem evitar, investigar e punir queimadas e descarte indevido de esgoto e lixo imagina controlar o tal "turismo ecológico" que de ecológico não tem nada....”