01 de março, de 2025 | 06:00
Deu a letra
O Cruzeiro vivenciou um fracasso retumbante nesse início de temporada com um desempenho pífio do time, muito abaixo das expectativas de sua direção, sobretudo da torcida, pilhada por uma campanha de marketing, que superestimou as várias contratações feitas, sem observar as atuais condições físicas e técnicas dos atletas.
A eliminação na semifinal do Campeonato Mineiro para o América doeu muito e continua machucando os cruzeirenses, que se mostram até meio perdidos, sem entender o que realmente aconteceu.
O recém-chegado português-treinador, Leonardo Jardim, deu a letra para a diretoria na entrevista coletiva pós-eliminação: Não é só ter dinheiro, pois também se compra jogadores ruins ou que não rendem o esperado”.
Pura verdade. O Cruzeiro investiu dezenas de milhões de reais em nomes famosos como Gabriel Barbosa, o Gabigol, que sozinho ganha salário superior à folha mensal do América, mas até agora não disse a que veio.
Sem rumo
O Cruzeiro é dentro de campo um time confuso, sem padrão de jogo, consequência da troca exagerada de treinadores, uma equipe sem rumo e sem identidade.
É preciso que a direção mude seu atual projeto esportivo, se é que ele existe, coloque prazos, ordem, que haja cobrança em cima de todos os departamentos e pessoas.
Outro problema visível é um eventual racha existente no grupo de jogadores e a cena registrada aos 51 minutos da etapa final do jogo contra o América, quando o goleiro Cássio defende um pênalti, salva o Cruzeiro da eliminação, mas celebra sozinho, sem que nenhum companheiro viesse abraçá-lo, refletindo esta desunião do elenco celeste.
Onde quer que esteja a raiz deste problema, é obrigação do treinador e da diretoria descobrir e saná-lo, sob pena de ficar fadado ao fracasso.
O empresário Pedro Lourenço, dono da SAF que comanda o clube, tomou a iniciativa de se reunir nesta semana e fazer cobranças aos jogadores.
As cartas precisam ser postas na mesa, até porque o Cruzeiro tem pouco mais de 30 dias para resolver seus problemas internos e achar um rumo.
Essa eliminação precisa doer bastante também nos jogadores, pois o ano não acabou e o Cabuloso” ainda tem mais três oportunidades, - Brasileirão, Copa do Brasil e Sula - para fazer diferente, fazer melhor e dar o retorno que todos os seus apaixonados torcedores desejam.
FIM DE PAPO
· Depois de um período convivendo somente com notícias boas, o atleticano ouviu o que não gostaria de ouvir nesta semana. O atacante Hulk teve uma lesão muscular na coxa direita e pode desfalcar o time nas próximas partidas, inclusive na decisão do título estadual diante do América. Ninguém aguenta, nem mesmo Hulk com toda a sua força e vitalidade, apesar dos quase 40 anos de idade, o calendário irracional do futebol brasileiro. Na última quinta-feira (27), sozinho durante um treinamento, Gustavo Scarpa torceu o tornozelo e também virou dúvida para as próximas partidas.
· Nos últimos 30 dias, Hulk foi protagonista do time atleticano, que chegou a ter apenas 10% de chances de se classificar e tornou-se finalista do estadual. Foram jogos difíceis, um atrás do outro a cada três dias, o que lhe causou enorme desgaste até chegar à contusão muscular. Scarpa vem atuando na sua verdadeira posição de meio-campista, antigo armador, ainda longe de recuperar o futebol que o levou a ser escolhido melhor jogador do Brasileirão de 2022 quando atuava no Palmeiras. Menos mal que haja uma folga para o Galo de 15 dias até a decisão do Campeonato Mineiro, o que aumenta bastante as chances dos dois se recuperarem para disputar a final. Quanto ao jogo da próxima Quarta-feira de Cinzas (5/3) contra o Manaus, no Mineirão, pela Copa do Brasil, a diferença técnica é tão grande a favor do Alvinegro que o técnico Cuca com certeza irá poupá-los.
· Agora imaginem se Hulk e Scarpa já estivessem atuando no gramado sintético prestes a ser inaugurado da Arena MRV? Uma contusão muscular serviria de munição para os que defendem a sua proibição nos estádios brasileiros. A CBF está prometendo para o dia 12 próximo a divulgação de um estudo aprofundado sobre o assunto, com dados extraídos exclusivamente do futebol nacional. No dia seguinte, acontece o Conselho Técnico dos clubes, que poderá votar uma resolução proibindo de maneira gradual os pisos sintéticos, com prazos de adaptação. Hoje, na Série A, além do Atlético (que está migrando do natural para o artificial), Palmeiras, Botafogo e Athletico-PR utilizam gramados sintéticos.
· A torcida em geral e as organizadas do Flamengo estão em pé de guerra com a nova diretoria por conta do alto preço dos ingressos cobrados no Campeonato Carioca. Apesar da competição não ser tão atrativa, o mais barato nas partidas normais é R$ 60 e o mais caro custa R$ 450. Com isso o clube de maior torcida e média de público pagante no país é agora apenas o 5º no ranking dos estaduais, com média de 21.176 pagantes, bem abaixo dos 39.248 registrados no ano passado. (Fecha o pano!)
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Gildázio Garcia Vitor
01 de março, 2025 | 06:30Coelhinho que papa Raposão Cabuloso, tem capacidade de papar, também, o Galão da Massa,.”