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20 de março, de 2025 | 14:34

Golpe do empréstimo consignado causa rombo de R$ 10 milhões na Caixa

Divulgação
Segundo a PF, promessa de quitação de empréstimos antigos e liberação de valores adicionais acaba em prejuízo para pessoas e para o banco Segundo a PF, promessa de quitação de empréstimos antigos e liberação de valores adicionais acaba em prejuízo para pessoas e para o banco

A Polícia Federal deflagrou esta semana uma operação para combater um esquema de fraude bancária que resultou em um prejuízo de mais de R$ 10 milhões para a Caixa Econômica Federal (CEF). O golpe era feito por meio de manipulação de empréstimos consignados de servidores públicos.

Segundo a Polícia Federal (PF), o grupo é formado por 21 criminosos e na quarta-feira (19) foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão, dos quais, três em Belo Horizonte e em Salvador (BA).

A organização criminosa contava com divisão de tarefas e uma operação sistemática para obter os lucros ilícitos. De acordo com a PF, mais de 200 servidores públicos estaduais e municipais e a CEF foram vítimas de estelionato. O grupo também está sendo acusado de invasão de dispositivo informático, já que fez uso indevido das credenciais dos gerentes do banco.
Caso sejam condenados, os marginais poderão cumprir penas de até 26 anos de prisão por cada contrato fraudulento. Centenas de contratos fraudulentos foram identificados no curso da apuração da PF. Os crimes praticados incluem estelionato contra servidores públicos, invasão de dispositivo informático, estelionato contra a Caixa Econômica Federal e organização criminosa.

Dinâmica de um golpe milionário

Quando um servidor público efetua um empréstimo consignado, ou seja, em que as parcelas serão descontadas automaticamente do salário ou benefício da pessoa (como aposentadoria), a Caixa faz uma averbação, que na prática é um registro do empréstimo junto ao órgão pagador, o que garante que o desconto das parcelas será feito diretamente na folha de pagamento.

O grupo criminoso acessava os sistemas da Caixa Econômica Federal de forma fraudulenta (usando credenciais e senhas de gerentes do banco) e cancelava de forma ilegal a averbação, fazendo o sistema entender que a pessoa não tinha mais aquele empréstimo ativo, criando a falsa impressão de que a dívida anterior tinha sido quitada e aumentando o limite de crédito disponível para o servidor.

A organização se utilizava de um esquema de "portabilidade de consignados", oferecendo aos servidores públicos a promessa de quitação de empréstimos antigos e liberação de valores adicionais. Como resultado, os servidores acabavam acumulando duas dívidas simultâneas, comprometendo ainda mais sua saúde financeira.
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Comentários

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Justiceiro

20 de março, 2025 | 15:24

“Esses golpes geralmente só acontecem em bancos públicos será porque?”

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