25 de março, de 2025 | 06:00
Grande clássico
Fernando Rocha
Por aqui, nos nossos grotões, nem tanto, pois há muito tempo nossa seleção não joga um futebol de empolgar, se distanciou do povo, está composta em sua maioria por jogadores que atuam no exterior, sem nenhum vínculo com a torcida nacional.
Para piorar a situação que passa pela não conquista de um Mundial desde 2002, a seleção canarinho ainda foi vítima da apropriação indébita da sua camisa amarela por um partido político, o que dividiu ainda mais os Pachecos.
La Scaloneta joga por um simples empate para garantir a vaga no próximo Mundial, com quatro rodadas de antecipação, mas não terá Messi e Lautaro Martínez.
O Brasil também perdeu por contusão o seu melhor jogador, o rubro-negro Gerson, o que certamente não vai tirar o brilho deste clássico de oito taças mundiais, só superado por Brasil x Itália e Brasil x Alemanha.
Zero otimismo
O Cruzeiro empatou com o Red Bull Bragantino, 1 a 1, no último sábado, em Bragança Paulista-SP, onde mostrou um futebol que deixa a sua torcida apreensiva em relação ao futuro nas competições que irá disputar.
Neste próximo sábado, a maratona da equipe comandada pelo português Leonardo Jardim começa pela estreia no Campeonato Brasileiro contra o Mirassol, no Mineirão.
O próprio Jardim reconhece que o Cruzeiro está em um nível inferior a times como Flamengo, Palmeiras, Botafogo, Internacional e, a meu juízo, também o rival Atlético.
Caso não melhore o futebol apresentado, o time atual do Cruzeiro, mesmo possuindo alguns jogadores caros e renomados, no máximo irá brigar do meio da tabela para baixo no Brasileirão, com poucas chances de ir longe nos mata-matas das Copas do Brasil e Sul-Americana.
FIM DE PAPO
Se mantiver o time que iniciou no amistoso contra o Bragantino, o Cruzeiro terá como novidades o zagueiro/lateral-esquerdo Villalba e o volante Walace. O goleiro Cássio, que vinha sendo muito criticado, fez uma boa partida e evitou que o time celeste voltasse para BH com uma derrota. Matheus Pereira, liberado para acompanhar o nascimento do filho, será titular. Gabigol melhorou a produção, deixou sua marca, e ainda mandou uma bola na trave, mas a maior parte do tempo ficou escondido no meio da defesa do Massa Bruta.
O técnico Cuca tem mais esta semana cheia para treinar o time do Galo, visando à estreia no Brasileirão, no próximo sábado, diante do Grêmio, em Porto Alegre. O Galo tem pronta a base que ganhou o hexa estadual, mas fica a dúvida sobre Júnior Santos, contratado para ser titular, mas se lesionou e o substituto, o argentino Cuello, teve ótimo aproveitamento e deve ser mantido titular. O mais aguardado será o retorno do principal jogador do elenco, o atacante Hulk, que passou os últimos 30 dias se recuperando de uma contusão muscular. Alan Franco, Alonso e Arana, que estão servindo a suas seleções, voltam e jogam normalmente contra o Grêmio.
A maior contratação do Atletico foi o técnico Cuca, que sabe muito bem indicar e montar times em inicio de temporada. A SAF que comanda o clube fez de tudo para errar outra vez na escolha do comandante. Foi atrás de técnicos portugueses, argentinos, mas, no final, como não conseguiu um treinador estrangeiro, fechou com o rejeitado Cuca, para sorte da torcida do Galo. Apesar do bom início de temporada, não há nada garantido que o Atlético vá ganhar este ano um título importante. O time atual será testado de verdade agora, mas é visível a melhora do elenco em relação ao do ano passado, quando chegou a duas finais, na Libertadores e na Copa do Brasil. Perdeu as duas, mas chegou.
O técnico Léo Condé, 51 anos, natural de Piau, cidadezinha com apenas 2.796 habitantes, próximo a Juiz de Fora, torna-se mais um mineiro a fazer sucesso lá fora sem ter tido chance de dirigir um dos grandes da capital. Depois de levar o Ceará de volta à Série A nacional, no último sábado, conquistou pelo “Vôzão” o bicampeonato cearense, ao empatar em 1 x 1 com o Fortaleza, diante de 53 mil pessoas na Arena Castelão. Condé iniciou sua carreira na base do América/MG e passou também pelas divisões inferiores do Atlético. Foi técnico do Ipatinga, em 2010, mas se firmou como treinador dirigindo times do Nordeste, que passam agora pelo seu melhor momento. A edição do Brasileirão este ano terá o maior número de representantes do Nordeste na era dos pontos corridos: Bahia, Vitória, Sport, Fortaleza e Ceará. Há dez anos, era apenas um: o Sport. (Fecha o pano!)
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