28 de março, de 2025 | 08:00
Aplicativo de mobilidade prioriza atendimento a mulheres para diminuir casos de assédio em Ipatinga
Enviada ao Diário do Aço
O aplicativo surgiu em Ipatinga no fim de setembro do ano passado
O aplicativo surgiu em Ipatinga no fim de setembro do ano passado Por Isabelly Quintão - Repórter Diário do Aço
Chegou a Ipatinga um aplicativo de mobilidade que oferece mais segurança às mulheres e tem como intuito diminuir a quantidade de vítimas de assédio no transporte. O aplicativo Lady Driver existe em mais de 110 cidades do Brasil e também atende no exterior. Em Minas Gerais, as motoristas também trabalham em Belo Horizonte, mas chegará a Montes Claros, Lagoa Santa e Nova Lima.
Tainá Coelho dos Santos é quem trouxe a ação para o município do Vale do Aço, junto a sua sócia, Larissa Soares Coelho, visando a segurança das mulheres que utilizam aplicativos de transporte.
“A gente sempre ouve falar sobre o assunto de abusos e assédio. Essa franquia veio de São Paulo, foi criada por uma mulher, que é a Gabi. Ela passou por uma situação de assédio físico e verbal em São Paulo, em um aplicativo de transporte, e ficou bem incomodada”, conta Tainá, em entrevista à reportagem do Diário do Aço.
A idealizadora detalha ao jornal que a inauguração ocorreu no fim do mês de setembro do ano que passou. “Trazemos corridas que não demandam só chamadas na hora. Há também a possibilidade de agendamentos. Mães podem fazer agendamentos para os seus filhos, crianças e adolescentes de oito a 16 anos, tendo autorização legal para andar conosco”, afirma.
Ela relata que as mães se sentem mais seguras com a locomoção dos filhos sendo feita dessa forma. “Eu sou enfermeira, e não fico só na parte gerencial do aplicativo, mas também faço as corridas nos meus dias de folga, então também acho que é mais seguro para nós mulheres motoristas. Quando estamos carregando outra mulher, também nos sentimos mais à vontade e confortável”.
Segurança
Elida Aparecida Santos de Freitas mora no bairro Esperança e é uma das motoristas do aplicativo. Ela conta que começou a fazer parte da ação há oito meses. “Fiz essa escolha para complementar a minha renda e pagar a fisioterapia do meu filho. Me sinto um pouco mais segura nele. Também trabalho com outros aplicativos convencionais e noto diferença. Um aplicativo só para mulheres, crianças e idosos é mais tranquilo”, alega.
Já a passageira Eliane Santos, que mora no Ideal, pontua que descobriu a novidade pelo “boca a boca”, em indicação feita pelas suas irmãs. “Nos dias atuais, a presença masculina nos causa constrangimento. Há uma falta de educação, de respeito e até de paciência. São muito estressados e não gostam de esperar. Geralmente estão com a cara fechada. A mulher não, ela é mais sensível, mais honesta com seus sentimentos e responsável com a sua atuação diante da sociedade”, enfatiza.
A passageira ainda destaca a importância da existência da ação. “Uma vez, bati a porta do carro de um homem que estava me levando, sem querer, e ele respondeu com uma extrema ignorância. Se eu inconscientemente bater a porta do carro de uma mulher, sei que ela pode me dar uma advertência, mas com educação. E eu também irei me reportar a ela com a mesma delicadeza, pedindo desculpas. Há sensibilidade”, finaliza.
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Felipe
29 de março, 2025 | 08:21“Sou homem e já carreguei mulher que me olhou com cara de nojo só por eu ser homem, já aconteceu de seguir o GPS e a mulher vir me dando tapa e falando "onde você está indo comigo" eu disse no endereço x que você colocou, "não é nesse endereço não esse é o endereço do meu trabalho vou pra outro"me pediu desculpas pelos tapas no ombro? não! E a cidadã nem era aquilo tudo pra se sentir tão especial assim era uma mediana nota 6,já recebi notificação de assédio mais nunca assediei ninguém, quando mulher pede pra parar de graça,se motorista negar é certeza que mulher da 1 estrela cheio de injustiça e algumas ainda coloca "me assediou" o mundo que vivemos tá doente.”
Motorista
28 de março, 2025 | 10:43“Sou motorista de aplicativo desde 2017,desde então 95% dos passageiros que eu atendo são mulheres,e graças a Deus nunca houve falta de respeito de ambas as partes,carrego tbm crianças adolescentes mas em menor proporção,Respeito e educação cabem em todos os lugares,em relação o que a por exemplo uma pessoa citou sobre bater a porta,tem passageiros que batem sem querer que na mesma hora se desculpa e eu entendo,mas já tem outros que parece q tá batendo uma porteira,como também tem motoristas que se quer tem o senso de dar ou responder um simples bom dia.”
Wanderlei
28 de março, 2025 | 10:37“Para que não haja tanta hipocrisia, deveriam deixar de usarem os outros aplicativos. A " presença masculina" causa constrangimento só em mulheres sem noção.”