02 de abril, de 2025 | 08:50
Escolas de Ipatinga promovem ações em alusão ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo
Enviada ao Diário do Aço
A Escola Estadual Almirante Toyoda promoverá uma passeata na tarde desta quarta-feira
Por Matheus Valadares - Repórter Diário do Aço
A Escola Estadual Almirante Toyoda promoverá uma passeata na tarde desta quarta-feiraNesta quarta-feira, dia 2 de abril, em comemoração ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo, a Escola Estadual Almirante Toyoda, localizada no bairro Cariru, Ipatinga, promoverá uma passeata a partir das 16h no entorno da instituição. Esta iniciativa visa conscientizar a comunidade sobre a importância da inclusão e do respeito às pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), desmistificando crenças e preconceitos que ainda persistem.
O diretor Luciano Carlos Fernandes destaca que a escola atende cerca de 90 alunos com deficiência. No entanto, a instituição enfrenta desafios significativos no processo de inclusão, pois não basta apenas matricular, é necessário garantir a inclusão e o desenvolvimento dos alunos.
Entre esses desafios, destacam-se o excesso de alunos com deficiência por sala e a insuficiência de professores de apoio, fatores que diretamente comprometem a qualidade do ensino. Essas condições afetam particularmente os alunos com necessidades especiais, que necessitam de atenção personalizada para aproveitar ao máximo as atividades educacionais”, explica.
Além disso, o estresse e a sobrecarga de trabalho dos professores podem prejudicar sua saúde física e mental, refletindo negativamente na capacidade de oferecer um ensino eficaz e inclusivo.
A superação desses desafios é crucial para garantir que todos os alunos tenham igualdade de oportunidades e possam se desenvolver plenamente no ambiente escolar”, continua o diretor.
Outras ações
A Escola Estadual Maurílio Albanese Novaes, sediada no bairro Bela Vista, em Ipatinga, também preparou eventos especiais para a semana em que celebra a conscientização do autismo.
Na terça-feira (1), pelo período da manhã, houve uma palestra com o psiquiatra, pesquisador e professor Thiago Xavier Corrêa. Nesta quarta-feira será a vez de Eduardo Queiroz, inspetor escolar da Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Coronel Fabriciano palestrar sobre diagnóstico tardio e capacitismo.
E por fim, na quinta-feira (3), haverá um encontro de pais com a participação do psiquiatra Weverton Margotto.
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Gildázio Garcia Vitor
02 de abril, 2025 | 15:45Venho pedir licença a este Jornal/Portal Diário do Aço, do qual sou parceiro já faz tempos, acredito que mais de 40 anos, para publicar um desabafo de uma Mãe atípica e Professora das redes Municipal e Estadual.
"Tende bom ânimo"
"Hoje é o dia da conscientização do autismo. Neste dia histórias de superação são contadas, aparece a galera do diagnóstico precoce e da inclusão.
Neste dia o autismo fica bonito e a aceitação parece natural.
Acontece que amanhã eu encargo o autismo real, que muitas vezes não é fácil e inclusivo. Vivi fases antagônicas e muito perigosas em minhas jornada materna atípica. Já odiei o autismo, travei uma guerra interna, mas ele não desapareceu. Já tentei ocultà-lo, disfarçar seus traços, mas ele revelava nas ocasiões mais difíceis. Houve um tempo que decidir acompanhar o crescimento da minha filha sem me preocupar demasiadamente com o crescimento do autismo.
Encaro o autismo como um "espinho na carne", mas não tento retirá-lo à força.
Eu aprendi a estudar, conhecer e me permitir sentir frágil. Um conselho que eu daria para pais que receberam o diagnóstico é tende bom ânimo!
A animação durante a jornada torna a caminhada mais leve!
Jesus prometeu que estaria conosco em toda as situações. A Sua companhia nos consola diariamente! E graças a Sua intensa misericórdia eu consigo enxergar minha criança além do autismo!
Tende bom ânimo!"”
Renata
02 de abril, 2025 | 13:44Parabéns ao diretor! O excesso de demandas de trabalho realmente tem adoecido nós professores. A inclusão é uma necessidade, mas também há de se discutir as condições de trabalho dos professores. Professor adoecido vai impactar diretamente na qualidade do ensino e na inclusão dos alunos com deficiência. Como o diretor disse, não basta matricular, tem que dar condições pra escola realmente exercer uma educação de qualidade.”
B2@
02 de abril, 2025 | 12:18Até que enfim, li um texto enfatizando o problema como um todo. Parabéns pela matéria. Só acrescentaria que a educação começa pela família estabelecendo limites a todos, independentemente de alguma particularidade. Não devemos transferir as responsabilidades. Quem ama, educa! Parabéns, novamente!”