09 de abril, de 2025 | 17:12

Justiça condena hospital por atraso em comunicação de morte de uma mulher à família

Freepik/Imagem Ilustrativa
Instituição de saúde demorou 16 horas para avisar filhas sobre falecimento da mãeInstituição de saúde demorou 16 horas para avisar filhas sobre falecimento da mãe

Com informações do TJMG
A 10ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) manteve decisão da Comarca de Muriaé que condenou a Fundação Cristiano Varella a indenizar duas irmãs por atraso em comunicar a morte da mãe delas. O pagamento por danos morais foi estipulado em R$ 10 mil para cada uma, totalizando R$ 20 mil.

Em 24 de junho de 2020, a paciente foi internada no Hospital do Câncer da Fundação Cristiano Varella. Ela tinha neoplasia hematopoiética maligna, um tipo de câncer no sangue. Em 5 de julho, a mulher passou a apresentar um quadro de grave esforço respiratório e foi diagnosticada com Covid-19. Em 23 de julho, ela sofreu piora e foi levada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde morreu no dia 28, à 1h20.

As filhas alegaram terem sido comunicadas do óbito às 17h, ou seja, 16 horas depois da morte da mãe. A instituição se defendeu sob o argumento de que tentou fazer o contato com as duas mulheres por telefone, mas sem sucesso. O argumento não convenceu a juíza Alinne Arquette Leite Novais, pois não houve prova dessa tentativa no processo.

A Fundação Cristiano Varella apelou ao Tribunal. O relator, desembargador Claret de Morais, e o desembargador Cavalcante Motta entenderam que a demora na comunicação do óbito, embora indesejável, não se configura como ato apto a causar dano moral indenizável.

Já a 1ª vogal, desembargadora Jaqueline Calábria Albuquerque, manteve a sentença da Comarca de Muriá, sob o fundamento de que o atraso na notícia da morte de ente querido acarreta danos passíveis de indenização. O entendimento foi seguido pelos desembargadores Fabiano Rubinger de Queiroz e Mariangela Meyer.

O número do acórdão: 1.0000.24.486762-8/001. Ele transitou em julgado.
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Comentários

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Elaine

09 de abril, 2025 | 21:53

“Aconteceu esse descaso com a minha família. Em 2021, o meu pai estava internado no hospital municipal de Ipatinga. Segundo a certidão de óbito, ele faleceu às 2:00h, só ficamos sabendo às 8:00h porque eu fui ao hospital para ficar com ele. Não fizeram contato em nenhum dos números disponíveis da família. Mesmo abrindo um procedimento interno, ficou por isso. E nós na época, estávamos forças sem forças para lutar pelo mínino de respeito!!”

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