12 de abril, de 2025 | 08:40

Vale do Aço tem melhora na geração de empregos formais em fevereiro

Por Matheus Valadares - Repórter Diário do Aço
O mês de fevereiro fechou com as quatro cidades da Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA) com saldo positivo na geração de empregos por carteira assinada (CLT), revertendo o déficit do mês de janeiro. Agora, no acumulado do ano, a região tem um saldo positivo de 968 novas vagas geradas.

Conforme os dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por meio do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) e tabulados para o Diário do Aço por William Passos, geógrafo e coordenador de Estatística e de Pesquisa do Observatório das Metropolizações Vale do Aço, vinculado ao campus Ipatinga do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), a RMVA gerou 1.996 empregos, com Ipatinga sendo responsável por 68,64%, com o saldo de 1.370 empregos formais. Timóteo aparece na sequência com 370 novas vagas, Coronel Fabriciano teve 220 cargos gerados e Santana do Paraíso teve o superávit de 36 novos empregos.

Para William Passos, o mês de fevereiro performou melhor que janeiro devido à melhoria, mesmo que tímida, do setor industrial e pela continuidade da performance do setor de serviços. “Ipatinga gerou 1.370 novas vagas por causa dessa melhora da indústria, mas também pelo desempenho positivo do setor de serviços. Nós temos uma perspectiva, é possível conjecturar que nos próximos meses a situação da indústria de transformação melhore e, consequentemente, nós venhamos a ter números [de geração de empregos] melhores. Por ora, a gente tem a indústria ainda no negativo [no acumulado dos dois meses], mas o setor de serviços, somando janeiro e fevereiro, gerando quase mil novos empregos”, explicou.

Acumulado do ano
O mês de fevereiro fez com que Ipatinga saísse do déficit de 753 e alcançasse um saldo positivo de 632 empregos gerados no acumulado do ano. Segunda cidade mais populosa da região, Fabriciano tem o saldo de 244, enquanto Santana do Paraíso abriu mais 66 vagas e Timóteo, 26.

Setores
Apesar da pequena melhora em fevereiro, o setor industrial ainda apresenta um saldo negativo, quando avaliado o acumulado dos meses de janeiro e fevereiro. Ainda é o único setor com mais demissões que admissões no ano, com um déficit de 248.

“O Vale do Aço é uma região industrial, então a gente fica sempre de olho no desempenho da indústria de transformação, que no mês de janeiro gerou saldo de 16. No mês de fevereiro, esse saldo pulou para 37 e ainda é um saldo muito pequeno. Mas a gente já consegue perceber algum efeito positivo na economia da região”, avalia William.

Por outro lado, o setor de serviços continua forte com um acumulado de 951 cargos formais criados no primeiro bimestre do ano. Na sequência está construção (+188), comércio (+76) e agropecuária (+1).