17 de abril, de 2025 | 15:15

Semana Mundial da Imunização: médico destaca importância das vacinas

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Pedro Henrique Mendes explica como as vacinas agem no corpo e o protege de agentes infecciosos Pedro Henrique Mendes explica como as vacinas agem no corpo e o protege de agentes infecciosos

A Semana Mundial da Imunização, celebrada de 24 a 30 de abril, tem como objetivo garantir que ainda mais crianças, adolescentes, adultos – e suas comunidades – estejam protegidos contra doenças preveníveis por vacinação. Para falar mais sobre o tema, o médico infectologista da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), Pedro Henrique Mendes, traz orientações sobre a importância da imunização em todas as faixas etárias para um bem-estar individual e coletivo.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, nos últimos 50 anos, vacinas essenciais salvaram pelo menos 154 milhões de vidas. São 6 vidas por minuto, todos os dias, durante cinco décadas. “Desde o nascimento até a terceira idade, a imunização é uma das formas mais eficazes de se proteger contra doenças que, em tempos não tão distantes, dizimavam populações inteiras. Ao vacinar uma criança, não está apenas blindando aquele pequeno corpo em desenvolvimento. Está estendendo esse escudo à comunidade, evitando surtos, controlando epidemias e garantindo que doenças perigosas não encontrem caminho livre para se espalhar”, destaca o médico da FSFX.

O infectologista da FSFX explica como as vacinas agem no corpo e o protege de agentes infecciosos. “O sistema imunológico, ao ser exposto a uma vacina, aprende a se defender. Ele cria anticorpos, formas específicas de proteção contra diversos agentes infecciosos, como os vírus e bactérias que causam pneumonia, hepatite, meningite, entre outras. Esta é uma forma segura e eficaz de garantir que o corpo esteja preparado para reagir quando entrar em contato com o agente real”, relata.

De acordo com Pedro Henrique Mendes, a estratégia de vacinação vai muito além da proteção individual. “A vacinação em larga escala permite o surgimento do que chamamos de ‘imunidade de rebanho’, que é um mecanismo coletivo em que, ao vacinar a maioria da população, interrompe-se a cadeia de transmissão da doença. Foi assim que o Brasil erradicou a varíola na década de 1970. E foi também com esse mesmo princípio que conseguimos frear a pandemia da Covid-19, reduzindo expressivamente os números de internações e mortes”, explica.

O médico reforça, ainda, que todas as vacinas, antes de serem liberadas para uso, passam por rigorosos processos de desenvolvimento, testagem e controle de qualidade. E, após aprovadas, continuam sendo monitoradas constantemente pelas agências sanitárias do país. “Os eventos adversos, quando ocorrem, são raros e, na grande maioria das vezes, leves. E todos são monitorados com seriedade. A vacina é, sim, segura. E é essa segurança que tem permitido que pessoas vivam mais e com mais qualidade”, enfatiza.

O Brasil, inclusive, é referência mundial quando se trata de vacinação. Desde 1973, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) organiza de forma exemplar o calendário vacinal do país, disponibilizando gratuitamente doses essenciais para todas as faixas etárias. O sucesso do PNI é resultado direto da confiança da população, do trabalho incansável dos profissionais de saúde e da conscientização de que vacinar é um ato de responsabilidade social.

O médico reforça que a Semana Mundial da Imunização é um lembrete de que saúde pública se faz com ciência, com compromisso coletivo e com escolhas conscientes. “Nós, enquanto profissionais da saúde, temos o dever de oferecer informações claras e corretas. Precisamos mostrar que elas são, sim, uma das maiores conquistas da humanidade. A vacina é um direito, mas, acima de tudo, é um gesto de amor por nós mesmos, por quem amamos e por toda a sociedade”, conclui o infectologista da FSFX.
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