18 de maio, de 2025 | 08:45
Região Metropolitana do Vale do Aço cresce em nascimentos e também em óbitos, aponta IBGE
Reprodução/IBGE
Assim como no registro de nascimentos, o número de óbitos também cresceu na região
Por Matheus Valadares - Repórter Diário do Aço 
Ao contrário do movimento observado a nível nacional, a Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA) registrou um aumento no número de nascimentos de pessoas em 2023, comparado ao ano anterior. Conforme a pesquisa Estatísticas do Registro Civil, divulgadas na sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o aumento é de 2,81%.
Conforme análise do Diário do Aço, foram 6.408 nascidos vivos contabilizados em 2023, contra 6.233 em 2022. Os números também significam um aumento comparado ao ano de 2021, quando foram registrados 6.369 nascimentos no ano.
Cidade mais populosa da região, Ipatinga registrou 6.369 nascimentos em 2023. Coronel Fabriciano aparece na segunda posição com 1.528 registros, seguido por Timóteo, com 839, e Santana do Paraíso, com 113.
Timóteo foi o único município que registrou queda nos últimos três anos na série histórica, com 854 nascidos vivos e registrados em 2022, e 904, em 2021.
Por outro lado, Coronel Fabriciano, pelo terceiro ano consecutivo, registrou aumento no número de registros de nascidos no ano. Em 2022 foram 1.480, e em 2021, 1.303.
Em Ipatinga, foram registrados 3.977 nascidos em 2021 e 3.708 em 2022, enquanto em Paraíso foram 185 em 2021 e 191 em 2022.
Brasil
Em 2023, o Brasil registrou 2,52 milhões de nascimentos ocorridos no ano, uma queda de 0,7% em relação a 2022, quando foram registrados 2,54 milhões de nascimentos. Este é o quinto recuo consecutivo na série histórica, iniciada em 1974.
A pesquisa aponta diminuição no número de registros de nascimentos em todas as grandes regiões, com exceção da Centro-Oeste, com aumento de 1,1%. Entre as unidades da federação, 18 apresentaram queda, com destaque para Rondônia (-3,7%), seguida pelo Amapá (-2,7%), Rio de Janeiro (-2,2%), Bahia (-1,8%) e São Paulo (-1,7%). Entre as nove UFs que apresentaram alta, destacam-se Tocantins (3,4%) e Goiás (2,8%).
Foram registrados no total 2,60 milhões de nascimentos em 2023, sendo a maioria (2,52 milhões) correspondente a crianças nascidas em 2023 e registradas até o primeiro trimestre de 2024, em conformidade com a legislação. Por outro lado, 75 mil registros (2,9%) foram de nascimentos que ocorreram em anos anteriores ou em ano de nascimento ignorado, e mais de 63% desses registros são de pessoas que residem nas regiões Norte e Nordeste.
Em 2023, 87,7% dos registros de nascimentos no país foram feitos no prazo de até 15 dias e 98,8% em até 90 dias. As áreas com mais de 20% dos registros realizados após os 90 dias estão concentradas em 16 municípios, sendo 12 deles pertencentes à região Norte, três ao estado do Piauí e um ao estado de Mato Grosso.
Óbitos
Quando analisado o número de registros de mortes, feito pela mesma pesquisa do IBGE, a RMVA apresenta um aumento. Em 2023, foram 3.199, enquanto em 2022, foram registrados 3.102, um acréscimo de 3,13%. Já no ano de 2021, foram 3.914 notificações.
Reprodução/IBGE
Assim como no registro de nascimentos, o número de óbitos também cresceu na região

Todos os municípios tiveram um crescimento de óbitos registrados em 2023, comparado ao ano anterior, exceto Timóteo, que viu a marca abaixar de 584, para 565.
Enquanto em Coronel Fabriciano subiu de 776 para 832, Ipatinga, de 1.527 para 1.567, e Santana do Paraíso de 215 para 235.
Em âmbito nacional, em 2023, ocorreram no país 1,43 milhões de óbitos, registrados até o primeiro trimestre de 2024, uma redução de 5% em comparação ao ano anterior. A maior queda se deu no grupo de idosos de 80 anos ou mais de idade, com -7,9%, o que equivale a uma redução de 38.035 óbitos.
O grupo de idosos em geral (pessoas com 60 anos ou mais de idade) representou 71% dos óbitos registrados, o que corresponde a 1,01 milhão de mortes de pessoas idosas. Na comparação com 2022, observou-se uma queda de 5,7% (61.272 óbitos registrados a menos).
Klívia Brayner, gerente das Estatísticas do Registro Civil, sinaliza a presença, ainda que residual, de óbitos em consequência da covid-19. A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) somente em maio de 2023. Podemos olhar para as informações do Sistema de Informações sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde (SIM/MS), e ver que grande parte da queda no número de óbitos está relacionada ao fim da pandemia. É uma queda muito importante, pois estamos retornando aos patamares pré-pandemia”.
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Gildázio Garcia Vitor
18 de maio, 2025 | 13:39Até parece que estamos no início do século XX, na primeira fase do crescimento populacional, quando nasciam muitos, morriam muitos e sobravam poucos.”