
04 de julho, de 2025 | 15:43
Homem que matou outro e assumiu a identidade do morto é desmascarado e preso
Um homem que matou outro, deixou seus documentos na cena do crime e passou a viver com os documentos da sua vítima foi desmascarado e preso. O crime foi praticado no começo do mês de maio no Córrego Tibúrcios, zona rural do município de São Domingos das Dores, e o verdadeiro autor do crime foi preso esta semana em São Paulo. A informação é do Promotor de Justiça, Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, que atua na 2ª Promotoria de Justiça de Inhapim e representou pela prisão de Magno Gomes de Oliveira, de 42 anos. O homem que se acreditava estar morto responde agora por homicídio qualificado por motivo fútil e meio cruel, ocultação de cadáver, vilipêndio de cadáver e fraude processual majorada. A ação penal tramita perante a 1ª Vara Cível, Criminal e de Execuções Penais da Comarca de Inhapim.
Consta no processo, ao qual a reportagem do Diário do Aço teve acesso, que o crime ocorreu em 11 de maio de 2025, no Córrego dos Tibúrcios, zona rural de São Domingos das Dores, conforme noticiado pelo jornal à época.
Naquela ocasião, dois indivíduos, um oriundo de Ipatinga e outro do distrito de Taquaral, em Inhapim, trabalhavam em uma fazenda e, por não possuírem residência fixa, ficaram hospedados em um cômodo de ferramentas situado na lavoura de café. No dia 11 de maio, entretanto, o proprietário da fazenda encontrou um corpo carbonizado, enrolado em um pano de café, com a cabeça esmagada, no meio da plantação de café. Naquele momento, não foi possível identificar a vítima, em razão das lesões no rosto.
No cômodo em que os trabalhadores estavam alojados, foram localizados uma carteira de trabalho e diversos pertences, levando inicialmente à suposição de que o dono desses documentos seria a vítima do homicídio, identificada equivocadamente como Magno Gomes de Oliveira.
No entanto, com o avanço das investigações, constatou-se que o suposto morto era, na verdade, o autor do crime. A reviravolta se deu após a análise de câmeras de vigilância e oitiva de moradores, que relataram ter visto o investigado (que se achava que fosse o morto) após a data presumida do crime. Ele teria deixado no local seus próprios documentos e pertences, enquanto fugia levando objetos da verdadeira vítima, Alair Rocha da Silva, de 41 anos, numa tentativa de forjar a própria morte e dificultar a identificação do verdadeiro autor, com o claro intuito de obstruir as investigações e a tentativa de enganar as autoridades”, detalha o promotor Jonas Monteiro.
Com a descoberta da fraude, o Ministério Público fundamentou o pedido de prisão preventiva, de forma a assegurar a aplicação da lei penal, diante da brutalidade do crime e do comportamento dissimulado do investigado, que carbonizou o corpo da vítima”, conclui o promotor.
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